quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sobre a exploração da força de trabalho. [2]

 Relação entre a força de trabalho e a sociedade, e a mais-valia. 


  Vimos, também, que a contratação de um operário implica na compra de uma mercadoria, que é a força de trabalho. Mas, uma vez que a força de trabalho é convertida em mercadoria, todas as leis e regras aplicadas à mercadorias também lhe é aplicável.

  Se a força de trabalho é uma mercadoria, e não pode ser produzida em fábricas, de onde se dá a sua produção?
Suponhamos que os operários já trabalharam demais, e que, exaustos, não conseguem mais. Quase se esgotou a sua força de trabalho. Pode-se comer, descansar, e regenerar as forças para que a força de trabalho volte, e que se possa exercer seu ofício novamente.

  Portanto, a alimentação, a moradia, a alimentação e etc que são as necessidades básicas para se viver que representam o custo da força de trabalho do operário. Mas, podem se juntar com elementos de aprendizagem, no caso de trabalhadores qualificados. Por exemplo, a força de trabalho de uma pessoa que cursou uma faculdade é mais cara do que a força de trabalho da pessoa que só cursou o Ensino Médio.

  Cada tipo de mercadoria tem uma valor diferente. Assim também é com a força de trabalho. Cada força de trabalho diferente possui um preço diferente. A força de trabalho de um pedreiro é diferente da força de trabalho de um professor, por exemplo.

  Na fábrica, o dono compra os combustíveis, os materiais, as máquinas e tudo que é necessário para sua produção. Por fim, compra a força de trabalho dos operários. Logo, a produção pode começar. E essa é a vontade do fabricante. Os combustíveis vão se esgotando, os materiais acabando, as máquinas se desgastando, o prédio também. O operário já precisa repor suas energias. Em compensação, sai da fábrica uma mercadoria. E qual seu preço? É, também, o preço do combustível, o preço dos materiais, da mão-de-obra... Tudo isso é agregado ao valor da mercadoria.

  Agora, vamos lançar um olhar para a sociedade inteira, já que não só o burguês ou o operário nos interessa.  Devemos considerar os meios desta sociedade inteira, que é uma máquina capitalista. A classe capitalista faz trabalhar a classe operária, numericamente maior. Faz trabalhar em campos, fábricas, plantações, minas... Espalhados por todo o mundo, trabalhando como formigas, estão bilhões de operários. O capitalista o paga pela sua força de trabalho, que serve para o próprio capitalista, já que este valor será usado para o operário repor a sua força de trabalho. A classe operária não cria a sua própria renda com os produtos, ela cria a renda dos superiores, ela cria a mais-valia.

  Essa mais-valia vai para o bolso dos superiores por vários meios... Uma parte é embolsada pelo seu próprio lucro, ou é embolsada pelo proprietário e possuidor da propriedade e da terra, outra vai para o Estado capitalista, por meio de impostos, outra é embolsado por todas as pessoas que prestam serviços, sejam de lazer ou de utilidade pessoal, aos operários. Desde palhaços de circo, e diaristas, até as acompanhantes. É por essa mais-valia que vivem muitos parasitas dos operários. Uma parte desta mais-valia é utilizada pelos próprios capitalistas. Seu capital cresce. Aumentam suas empresas, contratam mais mão-de-obra. Máquinas velhas são substituídas pelas novas. Um número maior de operários significa uma mais-valia maior. E, cada vez mais aparecem empresas capitalistas novas. Portanto, cada dia o capital progride mais. E a exploração do trabalho cresce proporcionalmente.

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