sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sobre sustentabilidade

    Virou moda ser  sustentável.Agora todo mundo aderiu a essa ideologia e se diz consciente de que precisamos fazer a nossa parte para a manutenção da vida no planeta.Várias grandes empresas já aderiram ao marketing verde,dizendo que estão ajudando em algo,com frases do tipo:"Para cada camisa que você compra com a gente uma área de 100 metros é reflorestada ".Mas será que isso é realmente ser sustentável para com o planeta?

    Antes de tudo precisamos saber o que é ser sustentável.Sustentável vem de sustentar,ou seja conservar,manter.Quando falamos da manutenção da vida em um planeta a forma mais viável de "ser sustentável" é consumir o necessário para manter a vida no presente,sem afetar a capacidade de consumo para a manutenção da vida no futuro.

   E se tratando de capitalismo é uma atitude totalmente hipócrita de uma empresa que com certeza quer que você compre os produtos dela,falar que é sustentável,pois para cada produto comprado,mais recursos naturais foram consumidos.E é totalmente hipócrita para qualquer pessoa se dizer sustentável se todo dia compra qualquer porcaria na rua,ou se não espera mais para comprar um carro novo,ou se não vê a hora de poder comprar um novo celular.Não importa se qualquer um desses produtos é de uma loja que se diz sustentável ou se 100 árvores foram plantadas depois de sua produção.O que importa é que mais recursos naturais foram usados na produção de todas essas porcarias,que provavelmente irão para o lixo em no máximo 2 anos.

   Se o mundo realmente quiser ser sustentável não temos que consumir produtos sustentáveis,mas sim consumir menos e consumir coisas que vão durar bastante tempo até terem que ser trocadas,diferente do que fazemos hoje com a obsolência planejada(por obsolência planejada entende-se o projetamento dos produtos para estragarem em uma certa quantidade de tempo,assim obrigando o consumidor a comprar outro) .Assim menos recursos naturais serão gastos e todos estariam contribuindo para a manutenção da vida no planeta.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

''Tolstoi, Um Grande Artista''. De Lênin.

  ''Morreu Leon Tolstoi. Sua importância mundial como artista e sua popularidade universal como pensador e pregador refletem, a seu modo, a importância mundial da revolução russa.

  Leon Tolstoi se manifestou como um grande artista desde os tempos do regime da servidão. Em várias obras geniais, escritas por ele no transcurso dos longos cinquenta anos em que se prolongou a sua atividade literária, pintou de preferência a velha Rússia anterior à revolução, que depois de 1861 ficou em um regime de semisservidão; pintou a Rússia aldeã, a Rússia do latifundiário e o camponês. Ao pintar esse período da vida histórica da Rússia, Leon Tolstoi soube apresentar tantas questões fundamentais em seus escritos, alcançou em sua arte tão grande força, que suas obras figuram entre as melhores da literatura mundial.

  A época em que se preparava a revolução em um dos países oprimidos pelos senhores feudais foi, graças à forma genial com que Tolstoi a tratou, um passo adiante no desenvolvimento artístico de toda a humanidade.

  Como artista, somente uma minoria insignificante o conhece na Rússia. Para fazer efetivamente suas grandes obras patrimônio de todos, há que lutar contra o regime social que condenou milhões e milhões de seres à ignorância, ao embrutecimento, a um trabalho próprio de condenados e à miséria; há que fazer a revolução socialista.

  Tolstoi não só escreveu obras literárias que sempre serão apreciadas e lidas pelas massas quando estas criem para si condições de vida humana, derrubando a opressão dos latifundiários e dos capitalistas; ele soube também descrever com força admirável o estado de ânimo das grandes massas subjugadas pela ordem de coisas desse tempo, soube também pintar sua situação e expressar os seus sentimentos espontâneos de protesto e indignação. Tostói que pertenceu, principalmente, à época de 1861 a 1904, refletiu com assombroso realce em suas obras – como artista e como pregador – as características da especificidade histórica de toda a primeira revolução russa, sua força e sua debilidade...

  Olhem com atenção o que dizem de Tolstoi os jornais do governo. Choram lágrimas de crocodilo assegurando que têm em alta estima o “grande escritor”; mas, ao mesmo tempo, defendem o “santíssimo” sínodo. E os santíssimos padres acabam de cometer uma canalhice das mais imundas, enviando seus popes à cabeceira do moribundo, para enganar o povo e dizer que Tolstoi se “arrependeu”. Antes, o santíssimo sínodo havia excomungado Tolstoi.

  Prestem atenção no que dizem de Tolstoi os jornais liberais. Eles se apressam com estas frases ocas, oficial-liberalescas, batidas e professorais sobre “a voz da humanidade civilizada”, “o eco unânime do mundo”, “as ideias da verdade e do bem”, etc. etc., pelas razões que Tolstoi castigava com tanta força e tanta razão contra a ciência burguesa. Os jornais liberais não podem dizer clara e concretamente o que pensam das idéias de Tolstoi sobre o Estado, a Igreja, a propriedade privada da terra e o capitalismo. Isso não porque a censura os atrapalha – pelo contrário, a censura os ajuda a sair da dificuldade.

  Eles não podem porque cada tese da crítica de Tolstoi é uma bofetada no liberalismo burguês; porque, por si, a valente, franca e implacavelmente dura concepção das questões mais candentes e mais malditas de nossa época por Tolstoi é uma bofetada nas frases estereotipadas, nos batidos subterfúgios e na falsidade escorregadia, “civilizada” de nossa imprensa liberal (e liberal populista).

  Morreu Tolstoi, e se foi o passado da Rússia anterior à revolução, a Rússia cuja debilidade e impotência se expressaram na filosofia do genial artista e vemos refletidas em sua obras. Mas em sua herança há coisas que não pertencem ao passado. Pertencem ao futuro. Essa herança passa às mãos dos proletários da Rússia, que a está estudando. Daí virá a explicação às massas trabalhadoras e exploradas da significação da crítica que Tolstoi fez ao Estado, à Igreja, à propriedade privada da terra; e não o fará para que as massas se limitem à autoperfeição e a suspirar por uma vida santa, mas para que se levantem com o fim de lançar um novo golpe à monarquia czarista e à posse da terra por latifundiários, que em 1905 só foi ligeiramente quebrada e que deve ser destruída. Então se explicará às massas a crítica que Tolstoi fez do capitalismo, mas não o fará para que as massas se limitem a maldizer o capitalismo e o poder do dinheiro, mas para que aprendam a apoiar-se, em cada passo de sua vida e de sua luta, nas conquistas técnicas e sociais do capitalismo, para que aprendam a se agrupar em um exército único de milhões de lutadores socialistas, que derrubarão o capitalismo e criarão uma nova sociedade sem miséria para o povo, sem exploração do homem pelo homem.''


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mais sobre a distribuição no comunismo.

  O modelo comunista de produção é antagônico ao modelo capitalista. No primeiro, há produtos, os quais não serão vendidos, comprados ou trocados. No último, existem os produtos, que se tornam mercadoria depois de vendidos. Você deve estar se perguntando: o que acontece com os produtos no comunismo?
  
  Como dito, os produtos não serão trocados uns pelos outros, nem vendidos e comprados. A produção não é feita para o mercado, e sim para as necessidades. Portanto, os produtos devem ser destinados a pequenos armazéns comunais e, de lá, serão entregues a quem precisa deles.

  Desse modo, o dinheiro não faz falta. Mas temos a necessidade da organização dessa distribuição - caso contrário, um tomará mais e outro tomará menos. Tal organização só será necessária, talvez, nos primeiros quinze anos da sociedade comunista. Depois de determinado tempo, tudo isso será desnecessário, pois é esperada das pessoas a plena consciência, tal que só tomem para si o que é altamente necessário e, pensando no bem comum, deixem o demais para os outros. E ninguém pensará em vender o supérfluo, já que se pode pegar o necessário nos armazéns.

  Tudo será abundante e teremos o necessário para todos. Desde que todos se empenhem, juntamente, em trabalhar para a sociedade, tiramos do trabalho o bem-viver de toda uma nação. E, na ausência de riqueza, também não se presenciará a pobreza. Primeiramente, os produtos, por um curto período de tempo, serão distribuídos de acordo com o trabalho feito, para depois serem distribuídos de acordo com a necessidade geral dos membros da comunidade.

  Mas há um dilema: se pegarmos todo o produzido e distribuirmos, a produção permanecerá sempre a mesma, sem melhora. Ficará estagnada. Portanto, parte da produção servirá para o aperfeiçoamento da própria produção.

  Concluímos que, em princípio, os produtos serão distribuídos de acordo com a escala de trabalho, para que, mais tarde, sejam distribuídos de acordo com a necessidade. Mas sempre terá de se retirar um pouco que prestará para a própria produção. E será necessária sempre a organização, para que um não tome mais que o outro.

Por: Uriel Dias de Oliveira 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sobre a economia básica no comunismo.

  Examinamos agora, mais de perto, o que seria uma sociedade comunista em seus fundamentos.

  O fundamento principal da sociedade comunista é a disposição igualitária de todos os meios, sejam os meios de troca ou meios de produção, que servem em completo à toda sociedade, e não à um único grupo burguês, que possui a propriedade privada. Mas, o que devemos entender como ''toda sociedade'' ?

  Bem, como explicado, a sociedade comunista não possui classes, portanto, significa todas as pessoas que pertencem ao regime. Desse modo, a sociedade se transforma em uma imensa e forte comunidade fraternal e igualitária, de modo que não exista a dispersão da população, e por muito menos a anarquia, tanto de produção, quanto de distribuição. Considerando, só o regime comunista pode organizar de maneira correta a produção.

  No regime, não haverá o antagonismo entre as classes, já que não haverá mais a ''eterna luta entra as classes'', considerando que as fábricas e meios de produção não pertencerão ao patrão mas, à toda a população no regime. Sendo assim, cada setor da economia é uma seção que compõe uma grande oficina popular, que representa toda a economia geral.

  Claro que a organização da economia necessita de um programa geral de produção. Se todas as fábricas pertencem à mesma associação, é necessário a organização na partilha da força de trabalho nos diferentes ramos da associação, a decisão de quais produtos fabricar e em qual quantidade, como e onde dirigir as forças técnicas, e assim em diante. Tudo deve ser calculado previamente, e tudo feito conforme o calculado.

  Se não é feito como calculado, sem cálculo exato, e sem organização, torna-se uma anarquia. E, no regime comunista, existe esse plano para evitar a anarquia de produção e de distribuição. Tudo é distribuído, e produzido, como o planejado.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O fim do capitalismo e a base do comunismo.

  Sabemos que o regime capitalista precisa acabar. E, encontramos dois motivos para o fim dele, que são as suas duas contradições principais. Uma delas é a anarquia de produção, que gera concorrência, crises e guerras. A outra, é um caráter inevitável dentro deste regime, a luta entre as classes: dominantes e dominadas. O capitalismo é como uma máquina. Caótica, em que as suas peças não encaixam perfeitamente, o que produz as falhas.

  Com a queda da sociedade capitalista, necessitaríamos de um novo regime. Há várias correntes ideológicas que tratam disso. E, assim, são vários também os regimes propostos. Nós, como comunistas, devemos considerar que a melhor opção é comunismo. E uma sociedade comunista não pode ser fundamentada nos mesmo erros da antiga sociedade capitalista.

  Para conseguirmos ignorar as contradições da antiga sociedade, devemos ter, como base do comunismo, as seguintes características para a sociedade:
1- Deve ter a produção organizada. Para que não seja um anarquia de produção, que gera crises e guerras.
2- Não será uma sociedade dividida em classes. E deverá ser organizada na sua distribuição de recursos, para que ocorra igualmente à todos, e todos tenham os mesmos lucros.

  Uma sociedade assim possui toda a igualdade e fraternidade para durar muitas eras, pois não teremos as mesmas contradições do capitalismo. Contradições que poderiam levar à sua queda, e, consequentemente, seu fim.


Por: Uriel Dias de Oliveira

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mude o pensamento


         Vivemos de decorações criadas por nós. Decorações as quais achamos ser verdade, mas se de uma hora pra outra tudo o que pensamos ser verdade desmorona e tudo muda, a realidade vira outra e tudo o que era certo ficou errado. Cada pessoa tem sua verdade e opinião, seu livre arbítrio para escolher o que acha melhor, há pessoas que infelizmente não aceitam e as criticam.

 O que realmente interfere no caráter de uma pessoa, o que ela veste, ou qual igreja ela frequenta ou se não frequenta, o que sabemos sobre cada ser que vive ao nosso redor todos os dias? Não sabemos nada, só achamos e observamos uns de tal maneira que é possível notar o tom de desprezo na maneira que olhamos.

 Hoje são motivos de discussão a maneira como é tratado o preconceito, às vezes, presenciamos tudo em casa, tudo o que implica numa relação saudável com outras pessoas, infelizmente é vergonhoso o preconceito ainda existir, mas ele ainda existe e parece não ter fim.

Somos todos diferentes em tudo e de uma maneira vasta, cada cabeça é um universo, e até aí não a problema, mas a partir que essa opinião formada dentro da cabeça de cada um toma estados maiores em outras pessoas já é a causa de um conflito.

 O problema é que, em algumas ocasiões, muitos sofrem agressões, oralmente e verbalmente, por opção sexual, cor, classe social. Hoje se tornou comum, casos de empregadas domésticas agredidas em paradas de ônibus por filhinhos de papai, que na maioria das vezes são acobertados descaradamente.

Que país sujo é esse onde vivemos, em que a lei, na prática, só inocenta que tem dinheiro. Que mundo capitalista é esse que vivemos, onde crianças são mortas em escolas, onde médicos deixam objetos dentro de seus pacientes, onde todos os dias crianças se entregam ao vicio e ao tráfico de drogas? São vidas, agora perdidas, mas vemos quais medidas serem tomadas? Nenhuma sabe por quê? Somos covardes com as coisas que não nos prejudicam, que passam longe de nos.

A solução de todo o problema é o respeito, por que quando começarmos a respeitar o ser que vive do nosso lado, e vermos que cada um sem ofender e prejudicar ninguém pode fazer o que quiser.

Vamos  parar de apontar os erros dos outros e olhar os nossos, por que se cada um mudar o mínimo que seja, teremos qualidade de vida, segurança, paz e muitas outras coisas bacanas, respeitando os outros e a nós mesmos mudaremos o mundo, a nova geração que até agora não quer dizer nada, um dia vai ter que sair e enfrentar a realidade, por que o futuro está em nossas mãos e é dele o qual dependo o destino de cada um.
Mude o pensamento, o conceito e respeite.
Recicle-se.
Dennison Lucas

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Controle Operário.

Texto de Antonio Gramsci.

  Para os comunistas, pôr o problema do controle significa pôr o maior problema do atual período histórico, significa pôr o problema do poder operário sobre os meios de produção e, por conseguinte, o problema da conquista do Estado.

  Deste ponto de vista, a apresentação de um projeto de lei, sua aprovação e sua execução no âmbito do Estado burguês são eventos de importância secundária: o poder operário tem e só pode ter sua razão de ser (e de se impor no interior da classe operária) na capacidade política da classe operária, na potência real que a classe operária possui como fator indispensável e ineliminável da produção e como organização de força política.

  Toda lei sobre isso que emane do poder burguês tem um único significado e um único valor: significa que realmente, e não só verbalmente, o terreno da luta de classes mudou, na medida em que a burguesia é obrigada, neste novo terreno, a fazer concessões e a criar novos institutos jurídicos; e tem o valor demonstrativo real de uma debilidade orgânica de classe dominante.

  Admitir que o poder de iniciativa possa sofrer limitações, que a autocracia industrial possa se tornar"democracia", ainda que formal, significa admitir que a burguesia está agora efetivamente alijada de sua posição histórica de classe dominante, que a burguesia é efetivamente incapaz de garantir às massas populares as condições de existência e de desenvolvimento.

  Para se livrar de pelo menos uma parcela de suas responsabilidades, para criar um álibi para si mesma, a burguesia se deixa"controlar", finge deixar-se tutelar.


  Certamente seria muito útil, para os objetivos da conservação burguesa, que um avalista como o proletariado assumisse diante das grandes massas populares a tarefa de testemunhar que ninguém deve ser culpabilizado pela atual ruína da economia burguesa, mas que é dever de todos sofrer pacientemente, trabalhar com tenacidade, esperando que as atuais fraturas sejam soldadas e que um novo edifício seja construído sobre as atuais ruínas.

  O terreno do controle, portanto, aparece como o terreno no qual burguesia e proletariado lutam para conquistar para conquista a posição de classe dirigente das grandes classes populares.

  O terreno do controle, portanto, aparece como o fundamento sobre o qual a classe operária - tendo conquistado a confiança e o consentimento das grandes massas populares - constrói o seu Estado, organiza as instituições do seu governo, chamado para integrá-lo todas as classes oprimidas e exploradas, e inicia o trabalho positivo de organização do novo sistema econômico e social.

  Através da luta pelo controle - luta que não se trava no Parlamento, mas que é luta revolucionária de massas e atividade de propaganda e de organização do partido histórico da classe operária, o Partido Comunista -, a classe operária deve adquirir, nos planos espiritual e organizativo, consciência de sua autonomia e de sua personalidade histórica.

  É por isso que a primeira fase da luta se apresentará como luta por uma determinada forma de organização.

  Esta forma de organização só pode ser o conselho de fábrica, bem como a organização nacionalmente centralizada do conselho de fábrica.

  Esta luta deve ter como resultado a constituição de um conselho nacional da classe operária, que será eleito - em todos só seus níveis, do conselho de fábrica ao conselho urbano e ao conselho nacional - mediante sistemas e procedimentos estabelecidos pela própria classe operária, e não pelo parlamento nacional, não pelo poder burguês.

Esta luta deve ser encaminhada no sentido de demonstrar às grandes massas da população que todos os problemas existenciais do atual período histórico, os problemas do pão, do teto, da luz, do vestuário, só podem ser resolvidos quando todo o poder econômico - e , portanto, todo o poder político - tiver sido transferido para a classe operária.

  Ou seja: esta luta deve ser encaminhada no sentido de organizar em torno da classe operária todas as forças populares em revolta contra o regime capitalista, com o objetivo de fazer com que a classe operária se torne efetivamente classe dirigente e guie todas as forças produtivas a se emanciparem através da realização do programa comunista.

  Esta luta deve servir para pôr a classe operária em condições de escolher, em seu próprio seio, os elementos mais capazes e enérgicos, para fazer deles seus novos dirigentes industriais, seus novos guias no trabalho de reconstrução econômica.

  Deste ponto de vista, o projeto de lei apresentado por Giolitti à Câmara dos Deputados representa apenas um instrumento de agitação e propaganda.

  É assim que ele deve ser examinado pelos comunistas, para os quais tal projeto - além de não ser um ponto de chegada.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Capitalismo e bem-estar social

    O capitalismo é o sistema sócio-econômico vigente na maior parte do mundo.Levando em consideração que o bem-estar é um objetivo comum de todos os habitantes do planeta, vou apresentar nesse post como o capitalismo se relaciona com esse desejo humano.

   O capitalismo é baseado no lucro.Esse é o incentivo para todas as ações nesse sistema.Para algum produto gerar lucro é preciso que a demanda para obtê-lo seja maior que a oferta.Portanto é interessante nesse sistema gerar a situação de escassez de produtos.

   Porém quando algo é escasso significa que não haverá o suficiente dele para satisfazer a necessidade de todos que o desejam,o que não seria bom para o bem-estar humano.Por exemplo, é interessante para um capitalista produtor de arroz que esse produto atinja um estado de escassez, pois assim seu preço aumentaria e o produtor aumentaria seus lucros.Mas para o consumidor do arroz seria algo ruim,pois seria mais difícil comprar o arroz e a necessidade de absorver os nutrientes desse produto não seria saciada, já que o consumidor não adquiriu o arroz,o que não seria bom para o seu bem-estar.No capitalismo essa regra não é aplicada apenas no arroz,mas em todos os produtos.

    O lucro (que como vimos é o incentivo para tudo no capitalismo) está ligado à riqueza.Afinal,quanto mais uma pessoa adquirir capital, mais ela vai ficar rica.Porém a riqueza é ligada a um conceito que é extremamente ruim para o bem estar do ser humano: a pobreza.

   Pense bem, uma pessoa só é rica enquanto outra é pobre. Caso não acontecesse isso o ato de "ser rico" não teria nada de especial. E essa dicotomia (riqueza e pobreza) dentro da sociedade cria algo chamado de  desigualdade social.

   A desigualdade social é extremamente ligada ao bem-estar social. Afinal, quanto maior for a pobreza de uma pessoa, menor será o seu acesso aos recursos que satisfariam suas necessidades, que é algo ruim para seu bem-estar.

   Como vimos,o lucro é o incentivo para tudo no capitalismo. Para se obter lucro é necessário um consumo cíclico,ou seja,que as pessoas nunca parem de consumir.

   Mas vivemos em um planeta finito com recursos finitos.Um dia recursos essenciais à vida (como a água potável) e outros necessários para a economia capitalista funcionar (como o petróleo) irão acabar.Quando isso acontecer, não só o bem-estar humano estará em risco, mas a existência de vida no planeta também.

   O capitalismo é um sistema que perpetua a escassez, a desigualdade e a pobreza. A acumulação de capital está sempre acima do bem-estar humano. Cabe à sociedade perceber isso e perguntar a si mesma o que é mais importante: O lucro ou o bem-comum? Eu prefiro a segunda opção.


Por:Lucas Rodrigues da Silva

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O que seria o ''Capital'' ?

  O Capital é, antes de tudo, um valor determinado. Pode ser qualquer coisa. Exemplo, o capital pode ser dinheiro, pode ser uma fábrica, pode ser uma máquina, pode ser a mercadoria... E o capital é um valor que produz outro valor como consequência. A mais-valia.

  No regime capitalista cada produto, cada máquina, cada edifício, representam um capital. Mas, não é sempre que representam. Se o regime fosse como o socialista, fraternal e igualitário, com distribuição de recursos também igualitária, das fábricas até as máquinas não seriam capital. Por que? Não serviriam mais para extrair lucro e jogá-lo na mão dos ricos. Nesse caso, as máquinas e construções não seriam mais propriedade privada de um seleto grupo, e, deixando de explorar trabalhadores e de produzir a mais-valia, descaracteriza-se como capital.

  Não importa a forma desse valor (O capital), pode ser papel-moeda, em ouro e até bronze, é com ele que a classe capitalista compra a força de trabalho, a propriedade e o meio de produção. Como dito, pode ser também as máquinas e matérias-primas , que os operários, por meio da força de trabalho, transformam em mercadoria.

  Frequentemente o capital deixa uma forma para tomar outra. Os meios pelo qual ocorrem esta transformação são:

1-O capitalista possui dinheiro. Ainda não comprou a força de trabalho, nem as máquinas, nem a fábrica, nem os materiais. O Capital está presente em forma de dinheiro.

2-Ele, então, contrata trabalhadores, compra as máquinas, adquire a fábrica e os materiais. Agora, ele não tem mais dinheiro. Em compensação, possui tudo para a sua produção, que há de começar. O Capital apresenta-se agora como Industrial.

Agora, começa o trabalho na fábrica. Os trabalhadores se dedicam, esgotando sua força de trabalho. As máquinas, sendo usadas, vão perdendo durabilidade. O edifício se corrói aos poucos. Os materiais vão se esgotando.

3- Então, a força de trabalho, as maquinarias, a industria, vão se transformando em mercadoria. Agora, essas mercadorias são o Capital, que deixa de ser a industrial e torna-se comercial. No caso, o capital muda de valor, assim como mudou suas características. Agora, foi-lhe acrescentado a mais-valia.

4- Não satisfeito, o fabricantes não faz mercadorias para seu uso pessoal, faz para o mercadoria. No começo, ele foi ao mercado como comprador, para conseguir máquinas e operários. Agora, vai na posição de vendedor, para lucrar com a sua produção. Ao vender a mercadoria, o capital passa novamente para a forma monetária.

  Lembram que, no começo, ele tinha dinheiro, e depois mercadoria. A mercadoria, por sua vez, passou para dinheiro novamente. Mas, é a mesma quantidade de dinheiro? Não. Agora ele é mais, o Capital cresceu, porque lhe foi acrescentado a mais-valia.

  O Capital é um circulo vicioso, que tende a crescer cada vez mais ao custo dos operários, com a mais-valia. É como uma bola de neve rolando em uma montanha de neve. Cada volta ela fica cada vez maior e mais poderosa - E é nessa bola de neve que necessitamos por um fim. A produção deve ser voltada às necessidades, e não aos lucros. Os produtos são feitos para serem vendidos, para gerar lucro. Quanto maior lucro, melhor: Uma corrida insensata atrás do lucro. A sede de lucro é o motor principal da produção no regime, e do próprio regime.

Por: Uriel Dias de Oliveira

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Mais do mesmo

Veja os vídeos.
Vídeo 1: Projeto Gota d'água
Video 2:Tempestade em Copo D'água?


Usina de Belo Monte, eis a questão.
 Constrói-se ou não?
Não adianta falar de impactos nem de benefícios, uma coisa é certa, de uma das maneiras vão existir ambas as consequências.
O que realmente importa é, se os fins justificam os meios? Se os alunos universitários estiverem certos, sim; mas eu não acho que explica toda essa mudança, só porque vai gerar mais energia elétrica, porque vai haver mais consumo, por que vai originar mais dinheiro para os cofres públicos, no entanto, se os artistas do outro vídeo estiverem corretos, a usina não vai ser construída e tudo vai ficar como está.
É, mas não podemos ficar sem energia elétrica, afinal é por ela que eu estou me comunicando agora, mas se o preço de ficar sem energia for a vida, é um pouco caro demais. Exagerado? Talvez, ninguém se importa de saber onde os índios vão morar, é e ninguém ainda os ouviu.
Nós só queremos mais é energia, é consumo, é dinheiro, mais dinheiro, mais do mesmo. E uma vez uma banda de rock cantou: “Mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão.”
 Impossível mesmo é prever o futuro, mas eu não estou a fim de pagar para ver e ainda mais se o preço for 30 bilhões de reais.
Dennison Lucas

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O massacre de pinheirinho

   Hoje,vou postar um vídeo mostrando o que realmente o que está acontecendo na guerra de pinheirinho.O Estado Brasileiro colocando o capital acima do bem-estar de sua população e massacrando quem devia estar protegendo.Vejam esse vídeo e se choquem com a realidade de uma guerra civil.