segunda-feira, 11 de junho de 2012

De caras pintadas



Há vinte anos, manifestantes invadiam as ruas de todo o país pedindo o impeachment do presidente Fernando Collor, em sua maioria o movimento era liderado por estudantes secundaristas e universitários. As manifestações tiveram muita repercussão no cenário político e na imprensa, forçando assim a renuncia do presidente.
Hoje, o ex-presidente é senador pelo estado de Alagoas, o que mostra que a memória dos brasileiros não é tão boa assim. Pode até parecer que o esforço feito pelos estudantes há duas décadas foi em vão, mas não foi; a geração da década 1990, que parecia perdida, foi às ruas, lutou pelos seus ideais e conquistou seu espaço na história das revoluções populares feitas no Brasil.
No século XXI os métodos são diferentes, a internet invadiu a casa de milhares de brasileiros e hoje esse é melhor meio que há para se informar e opinar. Existem vários movimentos contra racismo, homofobia, corrupção; marchas são organizadas a favor dos diretos coletivos, só nós restar procurar melhor o que curtir.
Os caras pintadas, que hoje são pais e mães de família, deixaram uma grande lição. podemos e devemos lutar pelo o que é justo, na década que for, a geração que for, enquanto existir jovens pensantes nesse país, a esperança de um mundo melhor continuará viva. 
Agora cabe a nós, de caras pintadas ou não, tirar do poder os Collors que continuam a nos roubar.

Dennison Vasconcelos.

Sobre os valores no capitalismo

 
  Os valores de uma sociedade são ideologias seguidas pelos indivíduos dessa sociedade,em sua maioria.Sem dúvidas analisar os valores é fundamental para  a explicação de uma sociedade.Não é diferente no mundo atual.Muitos fenômenos podem ser explicados ao se analisar os valores de nossa sociedade.

   Dentro da sociedade capitalista, sempre estamos sendo influenciados a adquirir bens, como se consumir fosse preencher um vazio dentro de nós e nos faria alcançar a verdadeira felicidade. Isso ocorre por causa de um valor capitalista presente em nossa consciência: o consumismo. Esse valor nos manipula de uma forma a nos fazer achar que a base da felicidade está na quantidade de coisas que temos, deixando uma eterna necessidade de consumo na mente dos indivíduos,como se só fossem ser felizes quando comprassem todos os novos produtos lançados no mercado.Já que nem sempre podemos comprar o que queremos,ficamos com um vazio dentro de nós,uma eterna sensação de frustração,como se sempre faltasse algo. Logo, o consumo que deveria ser a base da felicidade(segundo o consumismo) acaba contribuindo para a tristeza.

   Outro valor extremamente presente em nossa sociedade é o individualismo. Estamos sempre ouvindo frases como "estude para vencer na vida",nos dizendo que nosso sucesso depende apenas de nós mesmos, como se houvesse oportunidades para todas as pessoas, sem importar a condição social ou financeira. Infelizmente não há oportunidade para todos (no mercado de trabalho o capitalismo sempre tem uma oferta de trabalhadores maior que a demanda,pois hoje temos uma população muito grande e uma mecanização do trabalho muito avançada) e os que não conseguem um bom emprego ou até mesmo não conseguem um emprego são vistos como fracassados. O individualismo sempre leva a uma definição dos indivíduos como "fracassados" ou "bem-sucedidos" (sendo que os fracassados são sempre o maior número) levando a uma intensa estratificação social, não só pela condição econômica, mas também pela visão que as pessoas (influenciadas pelos individualismo) terão de um indivíduo, como superior ou inferior, de acordo com a quantidade de bens que ele tem.

   E essa valorização do indivíduo de acordo da quantidade bens que o mesmo tem ocorre por causa de outro valor importante dentro da sociedade capitalista: o materialismo. Já ouviram aquela frase "você é o que você tem"? É exatamente o que ocorre dentro da sociedade capitalista. A coisa deixa existir em função do homem para o homem viver em função da coisa. Como diria Marx "A valorização do mundo das coisas aumenta em proporção direta com a desvalorização do mundo dos homens". O materialismo exacerbado de nossa sociedade desvaloriza de tal modo o indivíduo, que hoje 1 bilhão de pessoas morrem de fome por ano, 100 milhões de pessoas moram nas ruas no mundo, enquanto 1% da população mundial concentra 40% das riquezas concentradas em suas mãos. E com o que nós nos preocupamos? Com o próximo carro que vamos comprar.

   Os valores criados pelo capitalismo estimulam os indivíduos a sustentar os fenomênos de pobreza e desigualdade exacerbadas criadas por esse sistema. Da mesma forma que os valores capitalistas sustentam esse sistema, uma mudança drástica nesses valores poderia derrubá-lo.Logo,cabe a nós revolucionários revolucionar nossos valores antes de nosso sistema.




 

 

domingo, 8 de abril de 2012

Sobre democracia representativa e democracia participativa

    Democracia representativa:o sistema político que é vendido para nós hoje como o mais viável para seguirmos com a civilização.Na opinião da maioria das pessoas a representatividade é a melhor forma de colocar as vontades do povo dentro da sociedade.Mas,será que essa afirmação é verdadeira?

   Nesse sistema político,há uma probabilidade muito grande de haver corrupções.Pense bem,se apenas um grupo de pessoas comanda um país é muito mais fácil comprá-las,suborná-las.Principalmente quando a relação entre subornador e subornado está entre os próprios políticos,como acontece muitas vezes.

   Muitos pensam que a corrupção do sistema só acontece no Brasil.Mas essa é uma falsa afirmação.A corrupção está presente em todos os países que adotam a democracia representativa como sistema político vigente,a diferença é que no Brasil a corrupção acontece em um nível bem maior do que a média mundial.

   A representatividade nunca alcançou o maior ideal da democracia que seria um governo pelo povo.Afinal,nenhum de nós teve o mínimo de participação em qualquer projeto votado pelos políticos,tornando assim a representatividade não um governo pelo povo,mas o governo de uma parte da população não sendo portanto uma verdadeira democracia.

   A democracia real não seria a eleição de representantes,mas sim de idéias,onde todos os cidadãos teriam influência sobre o que aconteceria na sua cidade,estado ou país.

   Mas aí você pode estar se perguntando:Como com a quantidade imensa da população atualmente,todos poderiam se reunirem para votar e debater sobre a algum projeto? Com a internet ficou muito mais fácil o acontecimento de uma democracia real,pois todas as pessoas estão ligadas,não havendo barreiras que impediam o debate e as eleições diretas.

   Concluo,portanto,que podemos com a tecnologia atual ter como sistema político uma democracia participativa ao invés de uma representativa.Afinal,por que deixaríamos alguém nos governar,se nós mesmos podemos nos governar?Pense sobre isso!


Por:Lucas Rodrigues da Silva

 

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sobre sustentabilidade

    Virou moda ser  sustentável.Agora todo mundo aderiu a essa ideologia e se diz consciente de que precisamos fazer a nossa parte para a manutenção da vida no planeta.Várias grandes empresas já aderiram ao marketing verde,dizendo que estão ajudando em algo,com frases do tipo:"Para cada camisa que você compra com a gente uma área de 100 metros é reflorestada ".Mas será que isso é realmente ser sustentável para com o planeta?

    Antes de tudo precisamos saber o que é ser sustentável.Sustentável vem de sustentar,ou seja conservar,manter.Quando falamos da manutenção da vida em um planeta a forma mais viável de "ser sustentável" é consumir o necessário para manter a vida no presente,sem afetar a capacidade de consumo para a manutenção da vida no futuro.

   E se tratando de capitalismo é uma atitude totalmente hipócrita de uma empresa que com certeza quer que você compre os produtos dela,falar que é sustentável,pois para cada produto comprado,mais recursos naturais foram consumidos.E é totalmente hipócrita para qualquer pessoa se dizer sustentável se todo dia compra qualquer porcaria na rua,ou se não espera mais para comprar um carro novo,ou se não vê a hora de poder comprar um novo celular.Não importa se qualquer um desses produtos é de uma loja que se diz sustentável ou se 100 árvores foram plantadas depois de sua produção.O que importa é que mais recursos naturais foram usados na produção de todas essas porcarias,que provavelmente irão para o lixo em no máximo 2 anos.

   Se o mundo realmente quiser ser sustentável não temos que consumir produtos sustentáveis,mas sim consumir menos e consumir coisas que vão durar bastante tempo até terem que ser trocadas,diferente do que fazemos hoje com a obsolência planejada(por obsolência planejada entende-se o projetamento dos produtos para estragarem em uma certa quantidade de tempo,assim obrigando o consumidor a comprar outro) .Assim menos recursos naturais serão gastos e todos estariam contribuindo para a manutenção da vida no planeta.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

''Tolstoi, Um Grande Artista''. De Lênin.

  ''Morreu Leon Tolstoi. Sua importância mundial como artista e sua popularidade universal como pensador e pregador refletem, a seu modo, a importância mundial da revolução russa.

  Leon Tolstoi se manifestou como um grande artista desde os tempos do regime da servidão. Em várias obras geniais, escritas por ele no transcurso dos longos cinquenta anos em que se prolongou a sua atividade literária, pintou de preferência a velha Rússia anterior à revolução, que depois de 1861 ficou em um regime de semisservidão; pintou a Rússia aldeã, a Rússia do latifundiário e o camponês. Ao pintar esse período da vida histórica da Rússia, Leon Tolstoi soube apresentar tantas questões fundamentais em seus escritos, alcançou em sua arte tão grande força, que suas obras figuram entre as melhores da literatura mundial.

  A época em que se preparava a revolução em um dos países oprimidos pelos senhores feudais foi, graças à forma genial com que Tolstoi a tratou, um passo adiante no desenvolvimento artístico de toda a humanidade.

  Como artista, somente uma minoria insignificante o conhece na Rússia. Para fazer efetivamente suas grandes obras patrimônio de todos, há que lutar contra o regime social que condenou milhões e milhões de seres à ignorância, ao embrutecimento, a um trabalho próprio de condenados e à miséria; há que fazer a revolução socialista.

  Tolstoi não só escreveu obras literárias que sempre serão apreciadas e lidas pelas massas quando estas criem para si condições de vida humana, derrubando a opressão dos latifundiários e dos capitalistas; ele soube também descrever com força admirável o estado de ânimo das grandes massas subjugadas pela ordem de coisas desse tempo, soube também pintar sua situação e expressar os seus sentimentos espontâneos de protesto e indignação. Tostói que pertenceu, principalmente, à época de 1861 a 1904, refletiu com assombroso realce em suas obras – como artista e como pregador – as características da especificidade histórica de toda a primeira revolução russa, sua força e sua debilidade...

  Olhem com atenção o que dizem de Tolstoi os jornais do governo. Choram lágrimas de crocodilo assegurando que têm em alta estima o “grande escritor”; mas, ao mesmo tempo, defendem o “santíssimo” sínodo. E os santíssimos padres acabam de cometer uma canalhice das mais imundas, enviando seus popes à cabeceira do moribundo, para enganar o povo e dizer que Tolstoi se “arrependeu”. Antes, o santíssimo sínodo havia excomungado Tolstoi.

  Prestem atenção no que dizem de Tolstoi os jornais liberais. Eles se apressam com estas frases ocas, oficial-liberalescas, batidas e professorais sobre “a voz da humanidade civilizada”, “o eco unânime do mundo”, “as ideias da verdade e do bem”, etc. etc., pelas razões que Tolstoi castigava com tanta força e tanta razão contra a ciência burguesa. Os jornais liberais não podem dizer clara e concretamente o que pensam das idéias de Tolstoi sobre o Estado, a Igreja, a propriedade privada da terra e o capitalismo. Isso não porque a censura os atrapalha – pelo contrário, a censura os ajuda a sair da dificuldade.

  Eles não podem porque cada tese da crítica de Tolstoi é uma bofetada no liberalismo burguês; porque, por si, a valente, franca e implacavelmente dura concepção das questões mais candentes e mais malditas de nossa época por Tolstoi é uma bofetada nas frases estereotipadas, nos batidos subterfúgios e na falsidade escorregadia, “civilizada” de nossa imprensa liberal (e liberal populista).

  Morreu Tolstoi, e se foi o passado da Rússia anterior à revolução, a Rússia cuja debilidade e impotência se expressaram na filosofia do genial artista e vemos refletidas em sua obras. Mas em sua herança há coisas que não pertencem ao passado. Pertencem ao futuro. Essa herança passa às mãos dos proletários da Rússia, que a está estudando. Daí virá a explicação às massas trabalhadoras e exploradas da significação da crítica que Tolstoi fez ao Estado, à Igreja, à propriedade privada da terra; e não o fará para que as massas se limitem à autoperfeição e a suspirar por uma vida santa, mas para que se levantem com o fim de lançar um novo golpe à monarquia czarista e à posse da terra por latifundiários, que em 1905 só foi ligeiramente quebrada e que deve ser destruída. Então se explicará às massas a crítica que Tolstoi fez do capitalismo, mas não o fará para que as massas se limitem a maldizer o capitalismo e o poder do dinheiro, mas para que aprendam a apoiar-se, em cada passo de sua vida e de sua luta, nas conquistas técnicas e sociais do capitalismo, para que aprendam a se agrupar em um exército único de milhões de lutadores socialistas, que derrubarão o capitalismo e criarão uma nova sociedade sem miséria para o povo, sem exploração do homem pelo homem.''


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mais sobre a distribuição no comunismo.

  O modelo comunista de produção é antagônico ao modelo capitalista. No primeiro, há produtos, os quais não serão vendidos, comprados ou trocados. No último, existem os produtos, que se tornam mercadoria depois de vendidos. Você deve estar se perguntando: o que acontece com os produtos no comunismo?
  
  Como dito, os produtos não serão trocados uns pelos outros, nem vendidos e comprados. A produção não é feita para o mercado, e sim para as necessidades. Portanto, os produtos devem ser destinados a pequenos armazéns comunais e, de lá, serão entregues a quem precisa deles.

  Desse modo, o dinheiro não faz falta. Mas temos a necessidade da organização dessa distribuição - caso contrário, um tomará mais e outro tomará menos. Tal organização só será necessária, talvez, nos primeiros quinze anos da sociedade comunista. Depois de determinado tempo, tudo isso será desnecessário, pois é esperada das pessoas a plena consciência, tal que só tomem para si o que é altamente necessário e, pensando no bem comum, deixem o demais para os outros. E ninguém pensará em vender o supérfluo, já que se pode pegar o necessário nos armazéns.

  Tudo será abundante e teremos o necessário para todos. Desde que todos se empenhem, juntamente, em trabalhar para a sociedade, tiramos do trabalho o bem-viver de toda uma nação. E, na ausência de riqueza, também não se presenciará a pobreza. Primeiramente, os produtos, por um curto período de tempo, serão distribuídos de acordo com o trabalho feito, para depois serem distribuídos de acordo com a necessidade geral dos membros da comunidade.

  Mas há um dilema: se pegarmos todo o produzido e distribuirmos, a produção permanecerá sempre a mesma, sem melhora. Ficará estagnada. Portanto, parte da produção servirá para o aperfeiçoamento da própria produção.

  Concluímos que, em princípio, os produtos serão distribuídos de acordo com a escala de trabalho, para que, mais tarde, sejam distribuídos de acordo com a necessidade. Mas sempre terá de se retirar um pouco que prestará para a própria produção. E será necessária sempre a organização, para que um não tome mais que o outro.

Por: Uriel Dias de Oliveira 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sobre a economia básica no comunismo.

  Examinamos agora, mais de perto, o que seria uma sociedade comunista em seus fundamentos.

  O fundamento principal da sociedade comunista é a disposição igualitária de todos os meios, sejam os meios de troca ou meios de produção, que servem em completo à toda sociedade, e não à um único grupo burguês, que possui a propriedade privada. Mas, o que devemos entender como ''toda sociedade'' ?

  Bem, como explicado, a sociedade comunista não possui classes, portanto, significa todas as pessoas que pertencem ao regime. Desse modo, a sociedade se transforma em uma imensa e forte comunidade fraternal e igualitária, de modo que não exista a dispersão da população, e por muito menos a anarquia, tanto de produção, quanto de distribuição. Considerando, só o regime comunista pode organizar de maneira correta a produção.

  No regime, não haverá o antagonismo entre as classes, já que não haverá mais a ''eterna luta entra as classes'', considerando que as fábricas e meios de produção não pertencerão ao patrão mas, à toda a população no regime. Sendo assim, cada setor da economia é uma seção que compõe uma grande oficina popular, que representa toda a economia geral.

  Claro que a organização da economia necessita de um programa geral de produção. Se todas as fábricas pertencem à mesma associação, é necessário a organização na partilha da força de trabalho nos diferentes ramos da associação, a decisão de quais produtos fabricar e em qual quantidade, como e onde dirigir as forças técnicas, e assim em diante. Tudo deve ser calculado previamente, e tudo feito conforme o calculado.

  Se não é feito como calculado, sem cálculo exato, e sem organização, torna-se uma anarquia. E, no regime comunista, existe esse plano para evitar a anarquia de produção e de distribuição. Tudo é distribuído, e produzido, como o planejado.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O fim do capitalismo e a base do comunismo.

  Sabemos que o regime capitalista precisa acabar. E, encontramos dois motivos para o fim dele, que são as suas duas contradições principais. Uma delas é a anarquia de produção, que gera concorrência, crises e guerras. A outra, é um caráter inevitável dentro deste regime, a luta entre as classes: dominantes e dominadas. O capitalismo é como uma máquina. Caótica, em que as suas peças não encaixam perfeitamente, o que produz as falhas.

  Com a queda da sociedade capitalista, necessitaríamos de um novo regime. Há várias correntes ideológicas que tratam disso. E, assim, são vários também os regimes propostos. Nós, como comunistas, devemos considerar que a melhor opção é comunismo. E uma sociedade comunista não pode ser fundamentada nos mesmo erros da antiga sociedade capitalista.

  Para conseguirmos ignorar as contradições da antiga sociedade, devemos ter, como base do comunismo, as seguintes características para a sociedade:
1- Deve ter a produção organizada. Para que não seja um anarquia de produção, que gera crises e guerras.
2- Não será uma sociedade dividida em classes. E deverá ser organizada na sua distribuição de recursos, para que ocorra igualmente à todos, e todos tenham os mesmos lucros.

  Uma sociedade assim possui toda a igualdade e fraternidade para durar muitas eras, pois não teremos as mesmas contradições do capitalismo. Contradições que poderiam levar à sua queda, e, consequentemente, seu fim.


Por: Uriel Dias de Oliveira

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mude o pensamento


         Vivemos de decorações criadas por nós. Decorações as quais achamos ser verdade, mas se de uma hora pra outra tudo o que pensamos ser verdade desmorona e tudo muda, a realidade vira outra e tudo o que era certo ficou errado. Cada pessoa tem sua verdade e opinião, seu livre arbítrio para escolher o que acha melhor, há pessoas que infelizmente não aceitam e as criticam.

 O que realmente interfere no caráter de uma pessoa, o que ela veste, ou qual igreja ela frequenta ou se não frequenta, o que sabemos sobre cada ser que vive ao nosso redor todos os dias? Não sabemos nada, só achamos e observamos uns de tal maneira que é possível notar o tom de desprezo na maneira que olhamos.

 Hoje são motivos de discussão a maneira como é tratado o preconceito, às vezes, presenciamos tudo em casa, tudo o que implica numa relação saudável com outras pessoas, infelizmente é vergonhoso o preconceito ainda existir, mas ele ainda existe e parece não ter fim.

Somos todos diferentes em tudo e de uma maneira vasta, cada cabeça é um universo, e até aí não a problema, mas a partir que essa opinião formada dentro da cabeça de cada um toma estados maiores em outras pessoas já é a causa de um conflito.

 O problema é que, em algumas ocasiões, muitos sofrem agressões, oralmente e verbalmente, por opção sexual, cor, classe social. Hoje se tornou comum, casos de empregadas domésticas agredidas em paradas de ônibus por filhinhos de papai, que na maioria das vezes são acobertados descaradamente.

Que país sujo é esse onde vivemos, em que a lei, na prática, só inocenta que tem dinheiro. Que mundo capitalista é esse que vivemos, onde crianças são mortas em escolas, onde médicos deixam objetos dentro de seus pacientes, onde todos os dias crianças se entregam ao vicio e ao tráfico de drogas? São vidas, agora perdidas, mas vemos quais medidas serem tomadas? Nenhuma sabe por quê? Somos covardes com as coisas que não nos prejudicam, que passam longe de nos.

A solução de todo o problema é o respeito, por que quando começarmos a respeitar o ser que vive do nosso lado, e vermos que cada um sem ofender e prejudicar ninguém pode fazer o que quiser.

Vamos  parar de apontar os erros dos outros e olhar os nossos, por que se cada um mudar o mínimo que seja, teremos qualidade de vida, segurança, paz e muitas outras coisas bacanas, respeitando os outros e a nós mesmos mudaremos o mundo, a nova geração que até agora não quer dizer nada, um dia vai ter que sair e enfrentar a realidade, por que o futuro está em nossas mãos e é dele o qual dependo o destino de cada um.
Mude o pensamento, o conceito e respeite.
Recicle-se.
Dennison Lucas

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Controle Operário.

Texto de Antonio Gramsci.

  Para os comunistas, pôr o problema do controle significa pôr o maior problema do atual período histórico, significa pôr o problema do poder operário sobre os meios de produção e, por conseguinte, o problema da conquista do Estado.

  Deste ponto de vista, a apresentação de um projeto de lei, sua aprovação e sua execução no âmbito do Estado burguês são eventos de importância secundária: o poder operário tem e só pode ter sua razão de ser (e de se impor no interior da classe operária) na capacidade política da classe operária, na potência real que a classe operária possui como fator indispensável e ineliminável da produção e como organização de força política.

  Toda lei sobre isso que emane do poder burguês tem um único significado e um único valor: significa que realmente, e não só verbalmente, o terreno da luta de classes mudou, na medida em que a burguesia é obrigada, neste novo terreno, a fazer concessões e a criar novos institutos jurídicos; e tem o valor demonstrativo real de uma debilidade orgânica de classe dominante.

  Admitir que o poder de iniciativa possa sofrer limitações, que a autocracia industrial possa se tornar"democracia", ainda que formal, significa admitir que a burguesia está agora efetivamente alijada de sua posição histórica de classe dominante, que a burguesia é efetivamente incapaz de garantir às massas populares as condições de existência e de desenvolvimento.

  Para se livrar de pelo menos uma parcela de suas responsabilidades, para criar um álibi para si mesma, a burguesia se deixa"controlar", finge deixar-se tutelar.


  Certamente seria muito útil, para os objetivos da conservação burguesa, que um avalista como o proletariado assumisse diante das grandes massas populares a tarefa de testemunhar que ninguém deve ser culpabilizado pela atual ruína da economia burguesa, mas que é dever de todos sofrer pacientemente, trabalhar com tenacidade, esperando que as atuais fraturas sejam soldadas e que um novo edifício seja construído sobre as atuais ruínas.

  O terreno do controle, portanto, aparece como o terreno no qual burguesia e proletariado lutam para conquistar para conquista a posição de classe dirigente das grandes classes populares.

  O terreno do controle, portanto, aparece como o fundamento sobre o qual a classe operária - tendo conquistado a confiança e o consentimento das grandes massas populares - constrói o seu Estado, organiza as instituições do seu governo, chamado para integrá-lo todas as classes oprimidas e exploradas, e inicia o trabalho positivo de organização do novo sistema econômico e social.

  Através da luta pelo controle - luta que não se trava no Parlamento, mas que é luta revolucionária de massas e atividade de propaganda e de organização do partido histórico da classe operária, o Partido Comunista -, a classe operária deve adquirir, nos planos espiritual e organizativo, consciência de sua autonomia e de sua personalidade histórica.

  É por isso que a primeira fase da luta se apresentará como luta por uma determinada forma de organização.

  Esta forma de organização só pode ser o conselho de fábrica, bem como a organização nacionalmente centralizada do conselho de fábrica.

  Esta luta deve ter como resultado a constituição de um conselho nacional da classe operária, que será eleito - em todos só seus níveis, do conselho de fábrica ao conselho urbano e ao conselho nacional - mediante sistemas e procedimentos estabelecidos pela própria classe operária, e não pelo parlamento nacional, não pelo poder burguês.

Esta luta deve ser encaminhada no sentido de demonstrar às grandes massas da população que todos os problemas existenciais do atual período histórico, os problemas do pão, do teto, da luz, do vestuário, só podem ser resolvidos quando todo o poder econômico - e , portanto, todo o poder político - tiver sido transferido para a classe operária.

  Ou seja: esta luta deve ser encaminhada no sentido de organizar em torno da classe operária todas as forças populares em revolta contra o regime capitalista, com o objetivo de fazer com que a classe operária se torne efetivamente classe dirigente e guie todas as forças produtivas a se emanciparem através da realização do programa comunista.

  Esta luta deve servir para pôr a classe operária em condições de escolher, em seu próprio seio, os elementos mais capazes e enérgicos, para fazer deles seus novos dirigentes industriais, seus novos guias no trabalho de reconstrução econômica.

  Deste ponto de vista, o projeto de lei apresentado por Giolitti à Câmara dos Deputados representa apenas um instrumento de agitação e propaganda.

  É assim que ele deve ser examinado pelos comunistas, para os quais tal projeto - além de não ser um ponto de chegada.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Capitalismo e bem-estar social

    O capitalismo é o sistema sócio-econômico vigente na maior parte do mundo.Levando em consideração que o bem-estar é um objetivo comum de todos os habitantes do planeta, vou apresentar nesse post como o capitalismo se relaciona com esse desejo humano.

   O capitalismo é baseado no lucro.Esse é o incentivo para todas as ações nesse sistema.Para algum produto gerar lucro é preciso que a demanda para obtê-lo seja maior que a oferta.Portanto é interessante nesse sistema gerar a situação de escassez de produtos.

   Porém quando algo é escasso significa que não haverá o suficiente dele para satisfazer a necessidade de todos que o desejam,o que não seria bom para o bem-estar humano.Por exemplo, é interessante para um capitalista produtor de arroz que esse produto atinja um estado de escassez, pois assim seu preço aumentaria e o produtor aumentaria seus lucros.Mas para o consumidor do arroz seria algo ruim,pois seria mais difícil comprar o arroz e a necessidade de absorver os nutrientes desse produto não seria saciada, já que o consumidor não adquiriu o arroz,o que não seria bom para o seu bem-estar.No capitalismo essa regra não é aplicada apenas no arroz,mas em todos os produtos.

    O lucro (que como vimos é o incentivo para tudo no capitalismo) está ligado à riqueza.Afinal,quanto mais uma pessoa adquirir capital, mais ela vai ficar rica.Porém a riqueza é ligada a um conceito que é extremamente ruim para o bem estar do ser humano: a pobreza.

   Pense bem, uma pessoa só é rica enquanto outra é pobre. Caso não acontecesse isso o ato de "ser rico" não teria nada de especial. E essa dicotomia (riqueza e pobreza) dentro da sociedade cria algo chamado de  desigualdade social.

   A desigualdade social é extremamente ligada ao bem-estar social. Afinal, quanto maior for a pobreza de uma pessoa, menor será o seu acesso aos recursos que satisfariam suas necessidades, que é algo ruim para seu bem-estar.

   Como vimos,o lucro é o incentivo para tudo no capitalismo. Para se obter lucro é necessário um consumo cíclico,ou seja,que as pessoas nunca parem de consumir.

   Mas vivemos em um planeta finito com recursos finitos.Um dia recursos essenciais à vida (como a água potável) e outros necessários para a economia capitalista funcionar (como o petróleo) irão acabar.Quando isso acontecer, não só o bem-estar humano estará em risco, mas a existência de vida no planeta também.

   O capitalismo é um sistema que perpetua a escassez, a desigualdade e a pobreza. A acumulação de capital está sempre acima do bem-estar humano. Cabe à sociedade perceber isso e perguntar a si mesma o que é mais importante: O lucro ou o bem-comum? Eu prefiro a segunda opção.


Por:Lucas Rodrigues da Silva

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O que seria o ''Capital'' ?

  O Capital é, antes de tudo, um valor determinado. Pode ser qualquer coisa. Exemplo, o capital pode ser dinheiro, pode ser uma fábrica, pode ser uma máquina, pode ser a mercadoria... E o capital é um valor que produz outro valor como consequência. A mais-valia.

  No regime capitalista cada produto, cada máquina, cada edifício, representam um capital. Mas, não é sempre que representam. Se o regime fosse como o socialista, fraternal e igualitário, com distribuição de recursos também igualitária, das fábricas até as máquinas não seriam capital. Por que? Não serviriam mais para extrair lucro e jogá-lo na mão dos ricos. Nesse caso, as máquinas e construções não seriam mais propriedade privada de um seleto grupo, e, deixando de explorar trabalhadores e de produzir a mais-valia, descaracteriza-se como capital.

  Não importa a forma desse valor (O capital), pode ser papel-moeda, em ouro e até bronze, é com ele que a classe capitalista compra a força de trabalho, a propriedade e o meio de produção. Como dito, pode ser também as máquinas e matérias-primas , que os operários, por meio da força de trabalho, transformam em mercadoria.

  Frequentemente o capital deixa uma forma para tomar outra. Os meios pelo qual ocorrem esta transformação são:

1-O capitalista possui dinheiro. Ainda não comprou a força de trabalho, nem as máquinas, nem a fábrica, nem os materiais. O Capital está presente em forma de dinheiro.

2-Ele, então, contrata trabalhadores, compra as máquinas, adquire a fábrica e os materiais. Agora, ele não tem mais dinheiro. Em compensação, possui tudo para a sua produção, que há de começar. O Capital apresenta-se agora como Industrial.

Agora, começa o trabalho na fábrica. Os trabalhadores se dedicam, esgotando sua força de trabalho. As máquinas, sendo usadas, vão perdendo durabilidade. O edifício se corrói aos poucos. Os materiais vão se esgotando.

3- Então, a força de trabalho, as maquinarias, a industria, vão se transformando em mercadoria. Agora, essas mercadorias são o Capital, que deixa de ser a industrial e torna-se comercial. No caso, o capital muda de valor, assim como mudou suas características. Agora, foi-lhe acrescentado a mais-valia.

4- Não satisfeito, o fabricantes não faz mercadorias para seu uso pessoal, faz para o mercadoria. No começo, ele foi ao mercado como comprador, para conseguir máquinas e operários. Agora, vai na posição de vendedor, para lucrar com a sua produção. Ao vender a mercadoria, o capital passa novamente para a forma monetária.

  Lembram que, no começo, ele tinha dinheiro, e depois mercadoria. A mercadoria, por sua vez, passou para dinheiro novamente. Mas, é a mesma quantidade de dinheiro? Não. Agora ele é mais, o Capital cresceu, porque lhe foi acrescentado a mais-valia.

  O Capital é um circulo vicioso, que tende a crescer cada vez mais ao custo dos operários, com a mais-valia. É como uma bola de neve rolando em uma montanha de neve. Cada volta ela fica cada vez maior e mais poderosa - E é nessa bola de neve que necessitamos por um fim. A produção deve ser voltada às necessidades, e não aos lucros. Os produtos são feitos para serem vendidos, para gerar lucro. Quanto maior lucro, melhor: Uma corrida insensata atrás do lucro. A sede de lucro é o motor principal da produção no regime, e do próprio regime.

Por: Uriel Dias de Oliveira

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Mais do mesmo

Veja os vídeos.
Vídeo 1: Projeto Gota d'água
Video 2:Tempestade em Copo D'água?


Usina de Belo Monte, eis a questão.
 Constrói-se ou não?
Não adianta falar de impactos nem de benefícios, uma coisa é certa, de uma das maneiras vão existir ambas as consequências.
O que realmente importa é, se os fins justificam os meios? Se os alunos universitários estiverem certos, sim; mas eu não acho que explica toda essa mudança, só porque vai gerar mais energia elétrica, porque vai haver mais consumo, por que vai originar mais dinheiro para os cofres públicos, no entanto, se os artistas do outro vídeo estiverem corretos, a usina não vai ser construída e tudo vai ficar como está.
É, mas não podemos ficar sem energia elétrica, afinal é por ela que eu estou me comunicando agora, mas se o preço de ficar sem energia for a vida, é um pouco caro demais. Exagerado? Talvez, ninguém se importa de saber onde os índios vão morar, é e ninguém ainda os ouviu.
Nós só queremos mais é energia, é consumo, é dinheiro, mais dinheiro, mais do mesmo. E uma vez uma banda de rock cantou: “Mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão.”
 Impossível mesmo é prever o futuro, mas eu não estou a fim de pagar para ver e ainda mais se o preço for 30 bilhões de reais.
Dennison Lucas

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O massacre de pinheirinho

   Hoje,vou postar um vídeo mostrando o que realmente o que está acontecendo na guerra de pinheirinho.O Estado Brasileiro colocando o capital acima do bem-estar de sua população e massacrando quem devia estar protegendo.Vejam esse vídeo e se choquem com a realidade de uma guerra civil.


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

''Marcha pela dignidade!''

  ''Marcha pela dignidade'' foi um movimento idealizado por policiais civis, policiais militares e bombeiros, que reivindicavam uma melhora salarial para a classe. Esta, que recebe o menor salário de todo o país, e que tem mais trabalho, sendo o Rio de Janeiro um dos estados mais perigosos do Brasil, com alto índice de mortes em serviço dos policiais, que arriscam a vida para ganhar pouco mais de mil reais. Uma miséria paga para alguém que arrisca sua vida.

 Tendo um pai que é secretário jurídico adjunto do sindicado da Polícia Civil (SINDPOL) , tive a honra de participar da marcha, que foi a meu primeiro ato cívico. A concentração foi frente ao Copacabana Palace. O destino era a casa do governador Cabral. Os policiais queriam não só um melhor salário mas, também, o reconhecimento e respeito devido depois do risco que correm.

  Políticos de diferente Partidos (como Flávio Bolsonaro-PP e Marcelo freixo-PSOL) tiveram participação significativa, o que não caracterizou o movimento como um movimento político, eu não vi ninguém fazendo propaganda de Partido algum. O que provou, também, que a questão da segurança no Rio de Janeiro não se restringe a um embate Esquerda x Direita, é uma questão que deve ser entendida por todos.

  A marcha teve a presença de, em torno, 10.000 pessoas, sendo a maioria de Policiais Militares. E contava com participação de todos os municípios do estado. E, se a reivindicação não for atendida pelo governador até o dia 10 de fevereiro, a segurança pública entrará em greve. Sendo que a greve não é o objetivo mas, é a única opção para os servidores conseguirem mais dignidade. Sérgio Cabral é um governador incompetente e omisso. Mas, se a segurança pública entrar em greve, ele terá de se ligar, ou o estado vai acabar entrando em uma grande crise.

  Fotos e Vídeos da Marcha: 












[Dá pra me ver ali no carro de som, com cabelo preto e camisa branca]



Por: Uriel Dias de Oliveira

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Celebrar a hipocrisia!

A hipocrisia de julgar sua religião a verdadeira e do próximo apenas besteira, a hipocrisia de falar mal de qualquer ato de greve por que atrapalha a rotina de vosso umbigo. A hipocrisia de abrir a boca pra falar de senadores e deputados mas trocou o voto por um tanque de gasolina cheio, a hipocrisia de se dizer vegetariano mas afundar a fuça em um "hambúrguer" de soja. A hipocrisia de dizer ser contra qualquer discriminação  mas atravessa a rua quando alguém de menor sorte cruza seu caminho, e a minha hipocrisia de escrever isso em um contexto que talvez seja insuficientemente análogo aos meus padrões ideológicos , mas mesmo assim acreditando que não só eu, mas mais gente pode ser atingida.

Gabriel Barbosa Rossi.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sobre o ACTA e a censura da internet

   Há poucos dias vimos protestos contra as leis SOPA e PIPA,que poderiam acabar com a internet do jeito que conhecemos.Mas há uma ameaça ainda pior,chamada ACTA,que vem disfarçada de acordo comercial mas afeta a constituição dos países membros.

   Sobre o pretexto de proteger a propriedade intelectual o ACTA consiste em combater a falsificação de produtos e marcas.Mas a lei não especifica bem o que é a propriedade intelectual.Pode ser qualquer informação que possa ser registrada restringida e criminalizada.Ou seja qualquer compartilhamento de uma informação desse tipo poderia ser um crime.

   Mas onde isso afeta a internet?Vamos imaginar que você está no msn conversando com um amigo e decide enviá-lo uma música que não seja de sua autoria.De acordo com o ACTA você poderia ter o acesso a internet cortado,ser multado ou até ser preso.

   Porém o pior não é isso.O ACTA obrigaria os ISPs(os provedores que você paga para acessar a internet) a monitorarem toda a entrada e saída de arquivos de seu computador para procurarem arquivos protegidos por direitos autorais.Isso significa que tudo que tu fazes na internet seria observado.

     O Brasil ainda não participa do acordo.Isso significa que não seremos afetados pelas ações descritas acima.Porém sofreríamos de outra forma,pois muitos sites populares aqui(Facebook,Youtube,a maioria dos sites de downloads) fazem parte dos países membros e poderiam ser fechados por causa do acordo.Isso significa que também ficaríamos desprovidos de grande parte da informação da internet.

   Todos os protestos contra as leis SOPA e PIPA surtiram efeito e a sua aprovação foi adiada há alguns dias.Hoje estamos diante de uma ameaça muito maior chamada ACTA.A maioria dos países da União Européia já assinaram o "acordo comercial".A hora de proteger a internet é agora!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mostrando minha cara.

  Tenho 511 anos, em comparação a alguns vizinhos, sou bastante novo. Durante algum tempo, fui roubado, de todas as maneiras possíveis, embora tenha conseguido minha independência, hoje minha situação não é muito diferente. 

  Tenho consideravelmente muitos filhos, proporcional ao meu tamanho; sou muito grande. Sou bonito, novinho, tenho um estilo tropical, às vezes, tenho a impressão que minha historia foi bastante escondida, esconderam os roubos, as falcatruas e inventaram uma estória honrada.

  Fiquei triste nos anos de chumbo que me atingiram, os meus filhos que sofreram por lutar pela liberdade de expressão, direito às eleições diretas. A ditadura acabou, mas a corrupção ainda continua, a justiça é lenta e nada imparcial.

  Hoje, vejo como a educação e a alimentação de minhas crianças está tão abalada, meus representantes não se importam com meu futuro. A indústria cultural aliena cada vez mais, tira a oportunidade de informação e educação. Festejar o fevereiro e feriados (comerciais) é uma triste morte de esperança intelectual, como diz Renato Russo, na letra da música “Perfeição”.

  Desculpem, mas não tenho condições para sediar uma Copa do Mundo ou Olimpíada, com a situação da educação, saúde e segurança; não coloquem máscaras em mim, passar vergonha é ver meus filhos à míngua do ensino público. Coloque a mão no peito e cante o hino nacional, faça valer a letra, tenha orgulho de mim, sua pátria.

  E como Cazuza sempre pediu, mostrei minha cara, agora, quero saber quem vai pagar para minha gente ficar assim.


  Por: Dennison Lucas

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sobre a exploração da força de trabalho. [2]

 Relação entre a força de trabalho e a sociedade, e a mais-valia. 


  Vimos, também, que a contratação de um operário implica na compra de uma mercadoria, que é a força de trabalho. Mas, uma vez que a força de trabalho é convertida em mercadoria, todas as leis e regras aplicadas à mercadorias também lhe é aplicável.

  Se a força de trabalho é uma mercadoria, e não pode ser produzida em fábricas, de onde se dá a sua produção?
Suponhamos que os operários já trabalharam demais, e que, exaustos, não conseguem mais. Quase se esgotou a sua força de trabalho. Pode-se comer, descansar, e regenerar as forças para que a força de trabalho volte, e que se possa exercer seu ofício novamente.

  Portanto, a alimentação, a moradia, a alimentação e etc que são as necessidades básicas para se viver que representam o custo da força de trabalho do operário. Mas, podem se juntar com elementos de aprendizagem, no caso de trabalhadores qualificados. Por exemplo, a força de trabalho de uma pessoa que cursou uma faculdade é mais cara do que a força de trabalho da pessoa que só cursou o Ensino Médio.

  Cada tipo de mercadoria tem uma valor diferente. Assim também é com a força de trabalho. Cada força de trabalho diferente possui um preço diferente. A força de trabalho de um pedreiro é diferente da força de trabalho de um professor, por exemplo.

  Na fábrica, o dono compra os combustíveis, os materiais, as máquinas e tudo que é necessário para sua produção. Por fim, compra a força de trabalho dos operários. Logo, a produção pode começar. E essa é a vontade do fabricante. Os combustíveis vão se esgotando, os materiais acabando, as máquinas se desgastando, o prédio também. O operário já precisa repor suas energias. Em compensação, sai da fábrica uma mercadoria. E qual seu preço? É, também, o preço do combustível, o preço dos materiais, da mão-de-obra... Tudo isso é agregado ao valor da mercadoria.

  Agora, vamos lançar um olhar para a sociedade inteira, já que não só o burguês ou o operário nos interessa.  Devemos considerar os meios desta sociedade inteira, que é uma máquina capitalista. A classe capitalista faz trabalhar a classe operária, numericamente maior. Faz trabalhar em campos, fábricas, plantações, minas... Espalhados por todo o mundo, trabalhando como formigas, estão bilhões de operários. O capitalista o paga pela sua força de trabalho, que serve para o próprio capitalista, já que este valor será usado para o operário repor a sua força de trabalho. A classe operária não cria a sua própria renda com os produtos, ela cria a renda dos superiores, ela cria a mais-valia.

  Essa mais-valia vai para o bolso dos superiores por vários meios... Uma parte é embolsada pelo seu próprio lucro, ou é embolsada pelo proprietário e possuidor da propriedade e da terra, outra vai para o Estado capitalista, por meio de impostos, outra é embolsado por todas as pessoas que prestam serviços, sejam de lazer ou de utilidade pessoal, aos operários. Desde palhaços de circo, e diaristas, até as acompanhantes. É por essa mais-valia que vivem muitos parasitas dos operários. Uma parte desta mais-valia é utilizada pelos próprios capitalistas. Seu capital cresce. Aumentam suas empresas, contratam mais mão-de-obra. Máquinas velhas são substituídas pelas novas. Um número maior de operários significa uma mais-valia maior. E, cada vez mais aparecem empresas capitalistas novas. Portanto, cada dia o capital progride mais. E a exploração do trabalho cresce proporcionalmente.

Sobre a exploração da força de trabalho.

  Relação entre fabricantes, operário e força de trabalho.

  Vimos, no outro texto, que o operário vende sua força de trabalho. E, se vende, é porque necessita dela para se sustentar, alimentar a família e sobreviver na sociedade. Há, portanto, uma importância da força de trabalho para o operário que tem ela. Ele depende totalmente de sua força de trabalho. Mas, aparece outra pergunta, por que o burguês compra a força de trabalho do operário?

  Será que é porque os fabricantes desejam sustentar os trabalhadores esfomeados? De nenhum modo. Mas, porque querem tirar todo o lucro deles. Tudo feito na produção capitalista é feito para gerar lucro - desde quando procuram o melhor lugar para vender suas mercadorias até quando compram a força de trabalho de qualquer grupo de operários. Observamos, então, que não é a sociedade capitalista que produz todas as coisas que são necessárias para sua utilidade e sobrevivência. A sociedade sobrevive quando os fabricantes exploram os operários, tentando tirar o maior lucro possível deles.

  Um grande exemplo disso é a produção de bebidas alcoólicas. Sabemos que não se tira nada de bom do alcoolismo. A bebida mistura com o volante, vemos que não trás bom resultado. E, sem contar os milhares de casos de pessoas bêbadas se matando, espancando uns aos outros... Pra que finalidade, portanto, o álcool continua sendo produzido e continua sendo uma droga legalizada? Pois trás o lucro dos fabricantes da bebida. Por incrível que pareça, burgueses conseguem tirar dinheiro até dentre os maiores males do povo.

  Agora, necessitamos entender do lucro...
Ao vender o produto, o fabricante ganha lucro em dinheiro. E o que caracterizado o quando ele ganha é o preço da própria mercadoria. E qual lei define esse preço? Não há como responder, muitas coisas podem mudar esse preço, desde a sua produção, até o tipo da própria mercadoria e a procura do produto. Um exemplo é a, já conhecida, lei de de ''Oferta e procura'', onde quanto mais ''oferta''(quantidade de produtos fornecidos no mercado) menor é o preço, e quando mais a ''procura''(quantidade de pessoas atrás do produto) maior é o preço.

O texto está divido em partes, a segunda já está saindo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sem Globo dia 25/1/2012: Contexto é tudo ...


Eu vejo essa imagem circular no facebook e andei pensando:
Tá, ok, eu até sei que a idéia é ótima, a intenção também, mas vamos meditar amiguinhos...
Colocando em pratos limpos, não estou defendendo a globo, de jeito nenhum. Veja bem, o ibope funciona da seguinte forma: "Por meio dos aparelhos peoplemeters instalados nos domicílios, as emissoras e sua programação são automaticamente identificadas e transmitidas ao IBOPE pelos sistemas de remessa Real Time para as praças Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Grande Belo Horizonte, Grande Porto Alegre, Grande Curitiba e Distrito Federal, Recife e Real time 7 mercados e Overnight para as demais praças."
Fonte: www.ibope.com.br

Resumindo, as emissoras de TV baseiam sua audiência de acordo com esse pequeno aparelho instalado em alguns aparelhos de televisão e obviamente se você não tiver esse pequeno aparelho em casa, sinto muito, mas você poderá deixar sua televisão ligada o dia todo, ou desligada que é o caso, em certo canal que nenhuma diferença irá fazer. Agora, experimente ir na despensa da sua casa, ou qualquer outro cômodo e procure produtos nos quais a globo tem patrocínio, "Unilever", "Kraft" e etc.
Percebeu como mesmo assim todo mundo colabora com a divulgação da imagem da emissora? Ok, tudo bem que ficar sem assistir a Globo fará um bem enorme para qualquer cérebro existente, mas acho que um pouco de contexto não faz mal a ninguém.

Por: Gabriel Barbosa Rossi (@gabrielbrossi)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Luan Santana: Sente aqui, precisamos conversar ...

"Luan santana afirma que as profissões mais difíceis são: jogador de futebol e cantor." ... 
Convenhamos amigo, enquanto um professor tem um salário em média de 900 reais, para atender de uma só vez 45 pessoas dentro de uma sala pequena, ou um bombeiro que se mantém em um teto salárial com essa mesma média se arriscando dia e noite, você é obrigado a ouvir uma coisa "linda" assim? Agora, se pegar um microfone na mão e cantar músicas que nem foram compostas por você ou chutar uma bola em um país onde tem muita lado fraco pra pouca corda é tão difícil e por uma quantia mensal de no minímo 1 milhão de reais, é, acho que preciso rever meus conceitos.
Você já é bombardeado de todos os lados pela música, pelas promoções em que este artista expõe seu rosto em troca de um cachê milionário, isso tudo durante alguns poucos segundos, tanto em um DVD, CD ou propaganda em que os royalties serão "eternos", assim como qualquer jogador de futebol que no máximo há de chutar uma bola durante a semana e aparecer em algum programa de fofoca durante os finais de semana. 
Agora colocando em pontos um pouco mais específicos, quantos anos do ensino médio o jogador Neymar cursou? E você Luan? No Brasil, ou você nasce com "talento" ou você estuda MUITO. "Parabéns" por afirmar, com intenção ou não que o seu trabalho é mais dificíl e tem mais valor que o de um pai de família, escravo do sistema, que trabalha 12 horas por dia, onde não consegue ao menos algumas horas de lazer com sua família, por não ter tempo nem para repor a energia das horas trabalhadas devido ao trabalho excessivo e ganha no máximo um salário minimo, que devidamente é uma quantia um tanto porca.
Agora sem rodeios, vá bater uma massa Luan Santana, pois ficar deste lado que você está não é nada dificíl.
 Por: Gabriel Barbosa Rossi (@gabrielbrossi)



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

SOPA, a queda do Megaupload e a vingança dos Anonymous

Quinta-feira, 19 de janeiro, por volta das 16:00 (horário de Brasília), o servidor da gigante de downloads Megaupload caiu, como consequência do SOPA. O Megaupload, não sendo um site com pagamento obrigatório, facilitava a distribuição de arquivos piratas (que o SOPA visa encerrar).

Porém, a queda do Megaupload não foi causada apenas pelo SOPA. A informação oficial é que o site estimulava a pirataria (distribuição de arquivos gratuitamente em seu servidor) e o dono estava envolvido com lavagem de dinheiro.

Como resultado da queda do site e prisão de seu dono, os Anonymous declararam guerra aos americanos. Importantes sites, como o da polícia de Utah, centro de direitos autorais, site do FBI e o próprio site da Casa Branca foram atacados. Dessa vez, com um diferencial: os sites não foram invadidos (hackeados), mas sim, forçados a desligar por meio de um ataque DDoS (Distributed Denial of Service, negação de serviço distribuída), que consiste basicamente, em um acesso maciço de vários computadores ao redor do mundo em um mesmo site (mais acessos do que o servidor consegue suportar, gerando lentidão e eventualmente a queda do servidor). Parece simples, mas são sites com grande influência, então devem ter um grande número de slots (acessos simultâneos que o servidor é capaz de suportar).

É algo impactante, sem dúvida. Mas o SOPA e PIPA não são os únicos problemas. Por que não passamos a dar a devida importância a outros problemas, também de ordem mundial.

Por: Rodrigo Gallert

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sobre o trabalho assalariado e a automatização do trabalho

    Desde a revolução industrial estamos vendo uma mudança radical na nos padrões de trabalho que movem a sociedade.Os trabalhos que eram feitos pelo homem são cada vez mais feitos pelas máquinas,com o avanço da tecnologia.

    A automatização do trabalho evoluiu tanto que hoje mais de 90% dos trabalhos poderiam ser exercidos por máquinas(por exemplo,uma máquina pode fazer o trabalho de um operário com muito maior qualidade a um tempo bem menor).

   Mas no capitalismo,onde reina o trabalho assalariado e a propriedade privada e o ser humano só pode utilizar algo que seja de sua posse,a automatização do trabalho se torna algo ruim para o grande parte da sociedade.Afinal,um operário precisa do salário que ganha na fábrica para comprar todos os recursos necessários à sua sobrevivência.As máquinas,que deveriam servir à todos aumentando a produção e satisfazendo a necessidade humana,acaba se tornando um inimigo para o operário,pois se a máquina substituir o trabalho de um homem,ele perderá seu emprego e consequentemente não terá acesso aos bens-de-consumo que precisa.

   Portanto a unica forma da automatização do trabalho servir à sociedade de uma forma optimizada é com o fim do trabalho assalariado e da propriedade privada(consequentemente todos poderiam ter acesso ao que quisessem sem o atraso do dinheiro).Enquanto o trabalhador que trabalha em um emprego que poderia ser automatizado(lembrem-se mais de 90% dos empregos poderiam ser) depender de um salário para a sua sobrevivência a tecnologia não conseguirá atingir seu potencial máximo para ajudar a sociedade.


Por:Lucas Rodrigues da Silva

SOPA e PIPA

Dia 24 nos EUA haverá a votação referente ao SOPA (Stop Online Piracy Act) e PIPA (Preventing Real Online Threats to Economic Creativity and Theft of Intellectual Property Act), duas leis que visam censurar a Internet, o SOPA está limitado aos sites hospedados nos Estados Unidos e o PIPA será global.

Recentemente, percebe-se um crescente aumento nos comentários sobre o assunto, boa parte se opondo, uma vez que essas duas leis, unidas, confrontarão a liberdade de expressão que encontramos na internet, mas não encontramos em nossos próprios países, muitas vezes devido a repressão violenta sofrida por passeatas pacíficas, a falta de consciência da população e a cegueira referente a assuntos da mais elevada relevância.

A manifestação, por enquanto, está mostrando bons resultados. Nos EUA, existem passeatas, protestos e ocupações, todas pequenas em tamanho, mas altamente impactante na população regional. Os manifestantes estão usando seus meios (virtuais e reais) pra conscientizar a população geral, e evitar que percamos a liberdade de expressão que só temos aqui.

O lado positivo de toda a manifestação, é que prova que, bem no fundo, escondido sob incontáveis máscaras de futilidade, ignorância, irracionalidade e egoísmo, existe um espírito de liberdade, um "eu" que quer ter seu direito de ser livre inviolado, tanto na internet como na vida real. O problema é que esse espírito de liberdade só pode ser acordado quando se toca em alguma ferida esquecida e perdida no tempo, algo de seu próprio interesse, que influencie em nossas vidas.

A influência da ditadura burguesa (que existe em nosso próprio país, mas a maioria fecha seus olhos pra isso) e da opressão é muito maior que uma lei criada para censurar sites hospedados nos EUA. Porém, a ditadura burguesa é mascarada pela mídia governamental, uma forma fácil e rápida de se fazer lavagem cerebral. O problema não é a mídia ser tendenciosa, o problema é o povo se cegar.

Por: Rodrigo Gallert

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Do trabalho assalariado.

  Vimos, nos outros textos, que a Produção no regime e a Monopolização dos meios de produção são duas características do regime capitalista. Sendo que, a terceira, é um reflexo de ambos as características - O trabalho assalariado.

  Sabemos que, os meios de produção são monopolizados, pelo que iremos chamar de burgueses, e esses possuem a propriedade privada, que caracteriza o meio de produção capitalista. Possui, pois, fábricas e máquinas trabalhando para ele. Os pequeno-artesãos e pequeno-agricultores que perderam seu espaço no mercado possuem agora duas opções: Ou trabalhar na casa de burguês e prestando serviços para outras pessoas, ou ir trabalhar para o burguês nas fábricas, tornando-se escravo do capital. Assim foi a origem do trabalho assalariado, a terceira característica do regime capitalista.

  O que é o trabalho assalariado? Antigamente, ainda nos tempos em que a escravidão tomava todo o globo, podia-se vender e comprar cada servo e cada escravo. Sim, eram seres humanos transformados em mercadoria pelos seus senhores. O escravo não era nada, além de uma mercadoria. De acordo com alguns historiadores, o Império Romano dividia as propriedades necessárias ao trabalho em: ''instrumentos de trabalho mudo'', ou seja, as coisas, ferramentas; os ''instrumentos de trabalho semi-mudos'', que seriam os animais irracionais necessitados, os bois, as vacas; e os ''instrumentos de trabalho falantes'' que são, por fim, os escravos. Tudo possuía o mesmo valor significativo - Tudo podia ser comprado, vendido e trocado.

  A diferença para o trabalho assalariado para o trabalho escravo é que o homem não é, propriamente, vendido ou comprado. Negocia-se, pois, a sua força de trabalho. O trabalhador assalariado é, portanto, livre. Não pode ser vendido, comprado ou obrigado à nada. Então, praticamente, o trabalhador aluga seus serviços em troca de um salário - Onde surge o nome, trabalhador assalariado. Seria essa uma liberdade? Como dizem os burgueses, ''Se não quiser, não trabalhe, ninguém te obriga'', e até mesmo insinuam que sustentam o trabalhador, dando-o condições de trabalhar para lucrar, dizendo que tanto operário quanto patrão estão no mesmo pé de igualdade.

  Conhecendo a verdade, é visível que nem operário nem patrão estão em mesmo pé de igualdade. O trabalhador está ligado ao capital pela necessidade. Necessidade de comer, de sobreviver, de sentir prazer... Isto que os faz trabalhar, isto é, vender a força de trabalho. Não há outra escolha para o pobre operário pois, é impossível para ele organizar sua própria produção, já que os meios já pertencem aos particulares.

  A liberdade que tem o trabalhador de vender sua força de trabalho e a liberdade que o patrão tem de comprá-las e essa ''igualdade'' que existe entre o patrão e o subordinado é uma cadeia do regime capitalista. Nessa cadeia, uma coisa depende da outra, uma não existe sem a outra. Pois, se uma deixar de existir, a cadeia cai. Por exemplo: Se o trabalhador para de vender sua força de trabalho, o patrão não pode comprá-la, e a suposta liberdade deixa de existir.

  No capitalismo, aquele que trabalha não possui nenhum meio de produção. Não pode, pois, utilizar da sua força de trabalho para si mesmo. E, para não morrer de fome, vende-se para um patrão. E, há o surgimento de outro mercado, além o de comércio de mercadorias, o mercado que os proletários (trabalhador assalariado) vendem sua força de trabalho. Chegando a conclusão de que, a própria força de trabalho se converte em mercadoria.

Por: Uriel Dias de Oliveira

domingo, 15 de janeiro de 2012

Palestra de Jacques fresco no Reino Unido

  Hoje,postarei ao invés de um texto um vídeo para variar um pouco.Assisti a essa palestra de Jacques Fresco e achei sua visão de mundo genial,espero que gostem.

Obs:Para assistir ao vídeo com legendas,basta clicar no ícone cc{este fica em uma seta que aponta para cima ao lado do ícone "watch later"(uma cruz)}




sábado, 14 de janeiro de 2012

Manifesto dos Iguais.

  Um ótimo texto feito por Gracchus Babeuf, Marxista Francês, ao povo do seu país. Aproveitem!


''Povo da França!

Durante perto de vinte séculos viveste na escravidão e foste por isso demasiado infeliz. Mas desde há seis anos que respiras afanosamente na esperança da independência, da felicidade e da igualdade.

A igualdade! - primeira promessa da natureza, primeira necessidade do homem e elemento essencial de toda a legítima associação! Povo da França, tu não ficaste mais favorecido do que as outras nações que vegetam sobre esta mísera terra! Sempre e em qualquer lado, a pobre espécie humana, vítima de antropófagos mais ou menos astutos, foi joguete de todas as ambições, pasto de todas as tiranias. Sempre e em qualquer lado se adulou os homens com belas palavras, mas nunca e em lugar nenhum obtiveram eles aquilo que, através das palavras, lhes prometeram. Desde tempos imemoriais se vem repetindo hipocritamente: os homens são iguais. Mas desde há longo tempo que a desigualdade mais vil e mais monstruosa pesa insolentemente sobre o gênero humano.

Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo reconhecido sem oposição, mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em realidade: a igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril ficção da lei. E hoje, quando essa igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta é esta: "Calai-vos, miseráveis! A igualdade não é realmente mais do que uma quimera; contentai-vos com a igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. Que quereis mais, miseráveis?" Que mais queremos? Legisladores, governantes, proprietários ricos; é agora a vossa vez de nos escutardes.

Todos somos iguais, não é verdade? Este é um princípio incontestável, porque ninguém poderá dizer seriamente, a não ser que esteja atacado de loucura, que é noite quando se vê que ainda é dia. Pois bem, o que pretendemos é viver e morrer iguais já que como iguais nascemos: queremos a igualdade efetiva ou a morte.

Não importa qual o preço, mas havemos de conquistar essa igualdade real. Ai daqueles que se interponham entre ela e nós! Ai de quem se oponha a um juramento formulado desta forma!

A Revolução Francesa não é mais do que a vanguarda de outra revolução maior e mais solene: a última revolução.

O povo passou por cima dos corpos do rei e dos poderosos coligados contra ele; e assim acontecerá com os novos tiranos, com os novos tartufos políticos sentados no lugar dos velhos.

De que mais precisamos além da igualdade de direitos?

Temos apenas necessidade dessa igualdade, da qual resulta a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas. Estamos dispostos a tudo, a fazer tábua-rasa de tudo o mais, apenas para conservar a igualdade. Pereçam, se for necessário, todas as artes, desde que se mantenha de pé a igualdade real!

Legisladores e governantes, com tão pouco engenho como boa fé, proprietários ricos e sem coração, em vão tentais neutralizar a nossa sagrada missão dizendo: "Eles não fazem mais do que reproduzir aquela lei agrária exigida já por diversas vezes no passado".

Caluniadores, calai-vos pela vossa parte e, em silêncio de confissão, escutai as nossas pretensões, ditadas pela natureza e baseadas na justiça.

A lei agrária, ou a divisão da terra, foi aspiração momentânea de alguns soldados sem princípios, de algumas populações incitadas pelo seu instinto mais do que pela razão. Nós temos algo de mais sublime e de mais eqüitativo: o bem comum, ou a comunidade de bens! Nós reclamamos, nós queremos desfrutar coletivamente dos frutos da terra: esses frutos pertencem a todos.

Declaramos que, posteriormente, não poderemos permitir que a imensa maioria dos homens trabalhe e esteja ao serviço e ao mando de uma pequena minoria.

Há muito tempo já que menos de um milhão de indivíduos tem vindo a dispor de quanto pertence a mais de vinte milhões de semelhantes seus, de homens que são em tudo iguais a eles.

Devemos pôr termo a este grande escândalo, que os nossos netos não quererão acreditar possa ter existido! Devemos fazer desaparecer, finalmente, essas odiosas distinções de classes entre ricos e pobres, entre grandes e pequenos, entre senhores e servos, entre governantes e governados.

Que entre os homens não exista mais nenhuma diferença do que aquela que lhes é dada pela idade e pelo sexo. E, porque todos temos as mesmas necessidades e as mesmas faculdades, que exista, portanto, uma única educação para todos e um idêntico regime de alimentação. Toda a gente se sente satisfeita por dispor do sol e do mesmo ar que respira. Porque não há de acontecer o mesmo com a quantidade e a qualidade dos alimentos?

Mas é verdade que já os inimigos da ordem de coisas mais natural que imaginar se possa protestam e clamam contra nós.

Desorganizadores e facciosos, dizem-nos eles, vós só desejais que exista anarquia e massacre.

Povo da França!

Não desejamos perder tempo a responder a esses senhores, mas a ti dizemos-te: a sagrada tarefa em que estamos empenhados não tem outro objetivo que não seja pôr termo às lutas civis e à miséria pública.

Nunca foi concebido e posto em execução um plano mais vasto do que este. De vez em quando, alguns homens de talento, homens inteligentes, falaram em voz baixa e temerosa desse plano. Mas nenhum deles, claro, teve a coragem necessária para dizer toda a verdade.

Chegou a hora das grandes decisões. O mal encontra-se no seu ponto culminante, está a cobrir toda a face da terra. O caos, sob o nome de política, há já demasiados séculos que reina sobre ela. Que tudo volte, pois, a entrar na ordem exata e que cada coisa torne a ocupar o seu posto. Ao grito de igualdade, os elementos da justiça e da felicidade estão a organizar-se. Chegou o momento de fundar a República dos Iguais, este grande refúgio aberto a todos os homens. Chegaram os dias da restituição geral. Famílias sacrificadas, vinde todas sentar-vos à mesa comum posta para todos os vossos filhos.

Povo da França!

A ti estava, pois, reservada a mais esplendorosa de todas as glórias! Sim, tu serás o primeiro que oferecerá ao Mundo este comovedor espetáculo.

Os hábitos inveterados, os antigos preconceitos, farão novamente tudo para impedir a implantação da República dos Iguais. A organização da igualdade efetiva, a única que satisfaz todas as necessidades sem provocar vítimas, sem custar sacrifícios, talvez em princípio não agrade a todos. Os egoístas, os ambiciosos, rugirão de raiva. Os que conquistaram injustamente as suas possessões dirão que está a cometer-se uma injustiça em relação a eles. Os prazeres individuais, os prazeres solitários, as comodidades pessoais, serão motivo de grande pesar para os indivíduos que sempre se caracterizaram pela sua indiferença ante os sofrimentos do próximo. Os amantes do poder absoluto, os miseráveis partidários da autoridade arbitrária, baixarão pesarosos as suas soberbas cabeças perante o nível da igualdade real. A sua visão estreita dificilmente penetrará no próximo futuro da felicidade comum. Mas que podem fazer alguns milhares de descontentes contra uma massa de homens completamente satisfeitos de terem procurado durante tanto tempo uma felicidade que sempre tiveram à mão?

Logo que se verificar esta autêntica revolução, estes últimos, estupefatos, dirão uns aos outros: "Como custava tão pouco conseguir a felicidade comum! Era necessário apenas ter o desejo de alcançá-la. E por que não fizemos isso há mais tempo?" Será preciso repetir sempre uma e outra vez? Sim, sem dúvida, basta que sobre a terra um homem seja mais rico e mais poderoso do que os seus semelhantes, do que os seus iguais, para que o equilíbrio se quebre e o crime e a desgraça invadam o Mundo.

Povo da França!

Quais os sinais que nos permitem reconhecer as qualidades de uma Constituição? Aquela que se apóia integralmente sobre a igualdade é, na realidade, a única que te convém, a única que satisfaz as tuas aspirações.

As cartas aristocráticas dos anos 1791 e 1795, em vez de romper as tuas cadeias, vieram consolidá-las. A de 1793 supôs ser um grande passo no sentido da igualdade real, mas não conseguiu todavia esse objetivo e não apontou diretamente para a igualdade comum, embora consagrasse solenemente o grande princípio dessa igualdade.

Povo da França!

Abre os olhos e o coração para a plenitude da felicidade; reconhece e proclama conosco a República dos Iguais.''

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sobre o crescimento econômico e o desperdícios de recursos

  Vivemos em um sistema econômico-social chamado capitalismo.Nesse sistema a quantidade de consumo é proporcional à quantidade de lucro.Ou seja quanto maior for a quantidade de consumo maior será o lucro dos produtores.

  Mas essa lógica econômica não está tornando os bens-de-consumo duráveis.Pense bem,se quanto mais consumo maior lucro,os produtos serão planejados para não durarem muito tempo e o consumidor terá de comprar outro,aumentando a economia.Isso se chama obsolência planejada.

   Esse modelo econômico gera também outras consequências.Aumenta a quantidade de lixo e também a quantidade de recursos reutilizáveis nesse lixo.Às vezes um produto precisa ser trocado por causa de uma peça por causa da obsolência planejada e todo o material utilizável de um bem de consumo se perde no meio dos lixões.

  Essa regra já perpetuada em nossa sociedade atingiu um ponto em que consumimos desenfreadamente sem pensar nas consequências que poderíamos fazer a natureza sofrer.Junto ao rápido crescimento da economia começamos a consumir em um ritmo muito mais rápido que a taxa de regeneração da natureza e alguns recursos finitos estão se esgotando,como é o caso do petróleo e da água potável.Chegará um ponto em que muitos recursos essenciais para a vida estarão esgotados se continuarmos consumindo dessa maneira.

  Concluo portanto que o crescimento econômico no capitalismo é inversamente proporcional à sustentabilidade do planeta e consequentemente da sociedade(afinal fazemos parte do planeta Terra).É impossível crescer para sempre num planeta finito.
Porém não percebemos isso e estamos cavamos nossa própria cova.


Por:Lucas Rodrigues da Silva

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um pouco de história: Da transição do ofício para a manufatura, pontos, aspectos e consequências.


A manufatura se caracteriza em dividir o processo de produção do ofício tornando-o mais rápido e barato. Contextualizando, antes do processo de transição do ofício da idade média, para a manufatura, a oficina se baseava em três segmentos de trabalho, dos quais eram: Mestre, jornaleiro e aprendiz. Nessa relação, implicava que o mestre era o dono da oficina e que detinha o maior conhecimento sobre o ofício, mesmo sendo intitulado MESTRE ,não existia o sentimento nem o conceito dado ao “patrão” do século XX, pois então, um mestre não era um “patrão”moderno.
            Seguindo esse raciocínio, a relação dentro da oficina, também se baseava no fato de não haver o sentimento de divisão do trabalho e lar – que se dá a partir do século XIX com o auge do capitalismo e a revolução industrial-, pois ambas as partes eram anexas, o que tinha como conseqüência o fato de que o trabalho não propriamente se misturava, isso principalmente para mestre e aprendiz que geralmente moravam juntos.
            Dando sentido ao jornaleiro, este poderia ser tanto um mestre falido ou um aprendiz que não se tornou de fato mestre ao término do aprendizado. Trabalhava por dia, por isso o pseudônimo de “jornaleiro”, que advinha de jornal, no caso, todos os dias. Seguindo com as relações de trabalho na oficina, o aprendiz,  este era alguém que havia sido indicado por outro mestre da região ou por alguém da própria família do mestre, por esse motivo muitas vezes mestre e aprendiz moravam juntos. O aprendizado durava de 7 a 8 anos para ter a POSSIBILIDADE de se chegar ao titulo de mestre.
            Para isso havia uma avaliação do aprendizado, essa avaliação se dava pela presença de todos os mestres da região, e se chamava “banca” – por isso chamamos de banca os que avaliam os trabalhos de conclusão de curso -. Esta banca priorizava dois pontos: Qualidade e Habilidade. Se o aprendiz tivesse sucesso ele teria o direito de abrir sua própria oficina e receber seu titulo de mestre. E era extremamente esse fator “qualidade”  eu impedia que houvessem oficinas demais, fabricando demais, onde os produtos seriam de qualidade inferior, onde “manchariam” o emprego do ofício, , que até o século XVIII se fazia da mais alta honra e que também explica porque um jornaleiro mesmo tendo maior conhecimento que um aprendiz não chegaria ao posto de mestre, a não ser que voltasse a condição de aprendiz. Esses fatores foram culminantes no atraso da evolução do sistema capitalista que mais tarde seria inevitável.
            Quando surgem algumas idéias mais liberais nesse mesmo período, o contexto muda e se começa a pensar em uma produção em maior escala, isso é claro, por alguns mestres apenas. O que justifica isso é que nas oficinas os mestres só aceitavam encomendas de produtos até onde havia capacidade de produção com qualidade, e que era bem limitada, pois ele sozinho passava por todas as etapas da formação do produto, por exemplo, se fosse um sapato, seria desde o abate do boi até os últimos detalhes da costura. Em conseguinte, durante a transição para a manufatura o trabalho começa a se transformar em coletivo, onde os próprios mestres que detinha todo o conhecimento sobre o ofício começam a ter apenas uma especificação sobre a produção de terminado aspecto, gerando um afunilamento do conhecimento, criando uma cadeia de pessoas especializadas e que, segundo Marx, aprimoravam tanto seu conhecimento em uma única área a ponto dos próprios trabalhadores adquirissem habilidade para produzir muito em menos tempo e sem tanto cansaço, como se a mente se desligasse e com que o trabalho fosse repetitivo e automático.
            Isso gerou uma desvalorização do ofício, que era passado em gerações e como o conhecimento sobre determinado ofício era enorme, existia um status no período, o que não era fácil de conseguir em um sistema feudal. Quando o trabalho se torna especializado e programado, o trabalhador começa a repudiar sua função, gerando uma conseqüência mais contemporânea, o trabalhador não mantém a mesma função, sempre mudando de emprego abrindo um leque de especificações, mas nunca um conhecimento completo. A partir de transição a manufatura se divide em duas, a manufatura orgânica e a heterogênea. A orgânica se caracteriza pelo trabalho especifico e coletivo de UM MESMO OFÍCIO para uma criação em larga escala. Já o trabalho na manufatura heterogênea se caracteriza pela mistura de ofícios, onde cada indivíduo especializado faz uma peça para criar um produto que tem o resultado de vários sistemas, cada um em pontos específicos, como ,por exemplo, um trem, onde precisasse de um carpinteiro, um ferreiro e etc.
            Então, apenas colocando em debate a transição do ofício para a manufatura, percebe-se como o alguns pontos são relevantes em cada sistema, desde priorizar a qualidade e deixá-la de lado, ao repúdio pelo trabalho que antes era motivo de  orgulho.
            

Por: Gabriel Barbosa Rossi