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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Minhas considerações sobre a morte.

  A morte é, para mim, antes de tudo, um nada. Tudo que é bom e tudo que é mal depende de nossas percepções de bem e mal, e a morte é a privação desse sentimento. E, se conhecemos que a morte nada é, torna a nossa prazerosa, antes de ser uma vida efêmera, com um começo, um meio, e um fim, possui pouca duração. E é importante conduzir todas estas etapas da vida com razão e ética, para que se alcance a felicidade.

  Saber que a morte é um nada não modifica nosso tempo de vida, então, não temos muito a perder. Mas, livra-nos do desejo de ser imortal. Quem sabe que nada de terrível existe na ausência da vida, a morte, não há terror nenhum em viver venturosamente.

  E quem diz que não há temor dá morte por causa da pena que ela trará quando chegar mas, porque a sua vinda é dolorosa, desconhece os prazeres da vida; é hipocrisia algo que não traga receio ao acontecer possa nos trazer pena pelo fato de ser esperado.

  E por isso, enquanto os tolos temem a morte, ela é para mim um nada, não só um nada mas, um ponto final de uma existência única, já que não há razão na bizarrice de uma pós-vida, de um céu, de um purgatório, ou de um inferno.

  Enquanto nós existimos, ela não poderá existir, e quando ela passa a existir, não seremos nada além de átomos e células em decomposição, retomando seu lugar na natureza. Portanto, a morte não toca os vivos e nem os mortos, pois para os vivos a morte não existe por hora, e os próprios mortos não existem para a morte.

  É verdade que a morte é dada como o grande, último e maior, male por grande massa do povo, e esses vêem na sua chegada uma coisa má, simultaneamente com uma coisa boa, como se fossem recompensados por uma vida, em termos, ruim, num pós-vida. Que nunca existiu, nem há de se existir depois da morte. Mas, eu, não nego a vida e não temo a morte, pois a vida não me é repugnante, e não há mal nenhum em não se viver mais, desde que se tenha levado uma vida venturosa e tranquila de corpo e espírito. Pois, na vida não se considera boa a mais longa, e sem a mais prazerosa.

  E quem diz que o moço deve ter uma boa vida, e o velho uma boa morte, é um tolo, não só por falta de razão, mas pelo fato de não considerar a vida sempre desejável! E a prática de uma bela vida, é também a prática limiar de um belo morrer.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O que é ser um Jovem Comunista, de acordo com Chê Guevara.

  Faço esse texto uma síntese do pensamento de Chê Guevara sobre o que é ser um Jovem Comunista. Não concordando ou discordando mas, mostrando a posição do revolucionário de acordo com o tema. Aliás, como é ser um jovem comunista para um revolucionário como esse?

  Primeiramente, ele deve ter honra em ser um jovem comunista. Não deve esconder essa condição, não deve ser um jovem comunista escondido, deve ter interesse em demostrar que é, e que sente orgulho em ser.

  Trás um grande dever de responsabilidade na sociedade comunista que está a se construir com os nossos semelhantes. Junto, grande responsabilidade na questão social, resolvendo e interpretando os problemas em defesa do povo, e sempre buscando a justiça. Espírito inconformado com tudo que há de ruim. Questionar tudo que não está visível. Combater sempre o conformismo e qualquer tipo de ação contrária ao povo ou à revolução. Estar sempre aberto a novas ideias e novas experiências. Segundo ele: ''Estar sempre aberto para receber as novas experiências, para conformar a grande experiência da humanidade, que leva muitos anos a avançar pela senda do socialismo, às condições concretas do nosso país,[...] E pensar -todos e cada um- como irmos mudando a realidade, como irmos melhorando-a.''

  O jovem comunista deve também sempre ser o primeiro. Ser o melhor em tudo. Claro que nem sempre se pode ser o primeiro mas, é possível estar sempre entre os primeiros, o grupo da vanguarda. Sendo assim, um exemplo, um espelho, para os outros jovens, para mostrar aos mais velhos que já perderam o seu entusiasmo com a juventude e com o estímulo do exemplo vão reagir bem.

  Um espírito de sacrifício, não só para as situações históricas mas, para todos os momentos. Ajudar seus companheiros de estudo, de trabalho. E estar sempre atento à massa humana que o rodeia.

  Como o revolucionário disse:
''[...] apresenta-se a todo jovem comunista a tarefa de ser essencialmente humano, ser tam humano que se aproxime ao melhor do humano, purificar o melhor do homem por meio do trabalho, do estudo, do exercício de solidariedade continuada com o povo e com todos os povos do mundo, desenvolver ao máximo a sensibilidade até se sentir angustiado quando um homem é assassinado em qualquer canto do mundo e para se sentir entusiasmado quando em algum canto do mundo se alça uma nova bandeira de liberdade.''



Por: Uriel Dias de Oliveira

terça-feira, 29 de novembro de 2011

''Só sei que nada sei'' ?

  Há muitas versões diferentes para o significado que essa frase assumiria na vida de Sócrates, ao dizê-la. Uma das versões mais creditadas é a de que ele assumiria a ignorância absoluta, levando em conta a contradição que é a frase por assim dizer. Pois, de acordo com esta, a única coisa que estaria dentro da ciência de Sócrates, é que de nada ele sabe. Sendo assim, ignorante para as coisas do mundo.

  Outra é que o filósofo, dentro do conhecimento que possuía, concluiu que todas as coisas que poderiam ser aprendidas, eram demais, que tudo que ela sabia, era pouco, era o ''nada'', de ''tudo'' que poderia ser aprendido. Sendo assim, Sócrates se coloca na posição de eterno aprendiz, quando todo o conhecimento do mundo ultrapassa nossos limites.

  Como a filosofia ensina os métodos para cada um de nós achar respostas diferentes para as questões, o que Sócrates disse é variável. E, por mais que achemos as respostas de todas as questões, nunca saberemos se as respostas são corretas ou incorretas. Quando mais se sabe, sabe-se que não conhece nada.

  Esses não são completamente o meu ponto de vista sobre o assunto. Pelo que eu sei sobre a vida de Sócrates, ele procurou o restante da informação com outros. Por exemplo, antes de ser condenado à morte, Sócrates, para se defender das acusações de Meleto, procurou outros filósofos, poetas e artistas para que tivesse ajuda em formular suas defesas. Tendo em vista o duplo sentido da palavra ''só'', que pode significar ''somente'' ou ''sozinho'', ele haveria dito que: Sozinho, não se sabe nada. Ou seja, na nossa vida, dependemos de outras pessoas, outras opiniões, outras ciências... Caso contrário seremos absolutamente ignorantes.


Por: Uriel Dias de Oliveira

domingo, 20 de novembro de 2011

O Comunismo Marxista.

  O filósofo alemão Karl Marx foi o responsável pelas mais concretas e desenvolvidas críticas ao capitalismo. Marx propôs, também, um outro sistema que recebe o nome de comunismo mas, está dividido em duas etapas: Primeiro, o socialismo e após, o comunismo concreto. Que são caracterizados por: meios de produção socializados, a inexistência da sociedade dividida em classes, a economia planificada e controlada pelo Estado. Sistema onde há liberdade de expressão e igualdade entre todos os indivíduos. É uma doutrina, ou uma ideologia. Possui propostas sociais, econômicas e políticas.

  Mas, para o sistema comunista entrar em vigor é necessário a total erradicação do capitalismo, por serem dois sistema opostos. O capitalismo, sistema do capital, é a causa de todas as desigualdades e de toda miséria que alastra o nosso planeta. Nele há classes mais valorizadas, como o empresariado ou a burguesia, que oprimem, manipulam, e reprimem as classes mais baixas, como os trabalhadores urbanos e rurais ou o assalariado.

  Marx diz que, na sociedade capitalista, há o antagonismo entre as classes. De acordo com ele, o antagonismo vem desde vários séculos atrás, antes mesmo da origem do capitalismo, e se estende até hoje. A única coisa que mudou foi o nome das classes, a relação Opressor x Oprimidos continua a de sempre. Por exemplo, as classes feudais e a pirâmide social daquele tempo. O Rei é o grande opressor, o clero é o que manipula e defende o rei, os militares são os bonecos do rei usados para a repressão e os camponeses são os que sustentam toda a pirâmide, são os oprimidos, injustiçados, roubados, manipulados, e são a maioria! Não vou discutir o sistema feudal, passemos então para o capitalismo do século XVIII. Os governantes, que possuem o poder político, e controlam as nações. A burguesia, dona do poder econômico e influência muito na área política, a classe dos luxos e das riquezas. E, enfim, o assalariado, a classe que trabalha para sustentar tudo e que é, assim como os camponeses no feudalismo, a maioria.

  Do antagonismo entre as classes tiramos a lição de que há, desde muito tempo, poucas pessoas possuindo muito, e muitas pessoas com nada na mão. O comunismo propõe uma situação inversa, onde não há desigualdades, não há classes, e portanto não há riqueza ou pobreza extremada. Todos são, no possível, iguais.




Por: Uriel Dias de Oliveira

sábado, 12 de novembro de 2011

Os preceitos de Descartes.

  Durante o difícil desenvolvimento do livro Discurso do Método, Descartes criou alguns preceitos para os homem bem conduzirem a sua razão.
  A razão que, segundo ele, está presente em todos os homens. As divergências surgem dentre os homens que conduzem bem a sua razão e os que conduzem mal a sua razão. Que possibilita a ele chegar rápido, ou não, a uma verdade (mutável).
  Descartes usou destes preceitos para se libertar das opiniões exteriores e escrever o Discurso com somente suas opiniões. Segue os 4 preceitos:

1º : Nunca receber coisa alguma como verdadeira, desde que não se evidenciasse como tal. Isto é, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção e não aceitar senão aqueles juízos que se apresentassem clara e distintamente ao seu espírito, se modo a não ser possível a dúvida a respeitos deles. 
2º : Dividir as dificuldades que teria que examinar em tantas parcelas quantas pudessem ser e fossem exigidas para melhor compreendê-las.
3º :  Conduzir por ordem os seus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de serem conhecidos, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e supondo mesma certa ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros. 
4º :  Fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais que pudesse estar seguro de nada haver omitido. 

  Como dito, são estes os quatro preceitos que René Descartes usou para escrever sua principal obra. Podem ser vistas como um exemplo de como se conduzir bem a sua razão (ou Bom Senso) ou até mesmo, podem ser vistas como os princípios atuais da ciência, levando em conta que desconsidera qualquer ato de acreditar sem as devidas provas apresentadas e conclusões tiradas.
 
  Segundo algumas pessoas, foram esses os preceitos que levaram Descartes a tentar, incessantemente, a existência de Deus e da Alma. Nessas tentativas que ele subestimou-se e errou em não considerar outras coisas menores perante a sua visão de Deus, que seriam o mundo e a humanidade, como dito no terceiro preceito.
 

sábado, 8 de outubro de 2011

Eu sei, mas não devia.

  Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra cista que não seja as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E por que não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

  A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer Sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

  A gente se acostuma a abrir o jornal e ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja o número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

  A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.

  E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se obra.

 A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata de produtos.
A gente se acostuma à poluição.

  As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A lus artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.

  Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães.
A não colher fruta do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente e acostuma a coisas demais para não sofrer.

  Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento aqui, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.

  Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo.
E ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

  A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde a si mesma.

 Texto de: Marina Colasanti

Por: Uriel Dias de Oliveira

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Essa tal de religião...

  Pois é, amigos, religião. Essa que acha conhecer tudo sobre o espiritual. Vamos relembrar quantas guerras já foram travadas, por simplesmente as pessoas pertencerem a outra religião. Uma das principais causas das mortes e dos conflitos, podendo ser comparada até ao petróleo. Aliás, petróleo e religião sempre estiveram muito juntinhos. Isso só reafirma a teoria que a religião é um grande meio de manipulação das massas menos informadas, e por conseguinte, menos questionadoras. Pois, o conhecimento surge do questionamento. E a religião é sempre tratada como algo superior, unanime, que não deve ser questionada e nunca contrariada.

  Vamos ter como exemplo de manipulação a guerra ao terror. Isso começou com um enorme preconceito por parte dos fundamentalistas, e em maioria, os muçulmanos, que são considerados pela grande maioria das pessoas como ''terroristas''. Isso só mostra o total descompromisso com o sentido da palavra. Terrorista significa, exclusivamente, quem espalha o terror. E há vários modos de espalhar o terror. Seja pela fome, pela violência, pela opressão... Sendo assim, nós temos vários exemplos de terroristas. A religião é terrorista,pois, enquanto se afirma a verdadeira e a certa, oprime qualquer outra religião com ideias diferentes. Sendo assim um terrorista por opressão. Assim como, também podem ser citados, líderes de Estado, capitalismo, e até o comunismo implantado por alguns ditadores pseudo-socialistas errôneos. Olhe, então, para os conflitos no Iraque. A mídia (outra grande manipuladora) nos passa a imagem de uma guerra religiosa. Por exemplo, uma vingança aos ataques supostamente feitos por terroristas árabes. E, principalmente, tendo como mandante o sumo-terrorista Osama Bin Laden. Esse tal de Osama, que por ser culpado pelos atentados, despertou um ar sufocante de vingança aos Estados Unidos para com os árabes. E o leitor sabe, é no mundo árabe que estão as maiores e a maioria das reservas de petróleo. Iniciou-se, então, a Guerra ao Terror. Que consistia nas tropas da OTAN (que atuam atualmente na Líbia) invadirem o territória Iraquiano. Claro que essa foi a máscara religiosa imposta. Na verdade, os Estados Unidos estavam fixados unicamente no petróleo existente no local.

  Difícil falar de religião sem comentar que é, de acordo com religiosos, uma maneira de enxergar a Deus. Se todas as religiões querem enxergar a Deus... Opa, parou por aí. Deus? Qual Deus? Cristo, Alá, Devesh, Jevá, Mahadeva, Krishna... Pois é, são tantos... Agora, vamos comentar sobre a mais recente religião monoteísta: Cristianismo. Seu Salvador, Jesus Cristo, é como todos os outro Deuses, ou Salvadores, existentes até então. É de fácil percepção; Todos nasceram 25 de Dezembro. Olhe só, chegaram a dar uma data exata para o seu nascimento, ou nascimentos; Todos nasceram de uma virgem. Por que isso seria tão comum? Talvez porquê a virgem é sinônimo de pureza, já que, de acordo com a religião, sexo é um tipo de pecado, um tipo de se ''despurificar''. Mas, mesmo sendo pecado, algumas o julgam necessário e não-pecaminoso somente quando o sexo está relacionado com o ato reprodutório. Ou seja, para gerar filhos pode, para ter prazer já é o contrário; Todos fizeram milagres, tais como curar doenças, abrir mares, andar sobre as águas; Todos morreram e renasceram três dias depois. Há uma explicação astrológica para isso, que constará em um outro post, caso se faça necessário; E são muitas outras, como os doze discípulos (ou irmãos, seguidores, sempre doze!) e a crucificação. Pois é, o Jesus Cristo nada há de singular em sua história.

  O interessante é o argumento que os cristãos (alguns*) usam para justificar. Segundo eles, estes outros Deuses existiram antes pois, o mal, o satanás, o inferno os enviou por algum motivo que nem eles sabem explicar. Mas, o pior disso é quando a pessoa é criacionista. Ela vai dizer que a Terra tem umas centenas de anos a mais que dois mil. Mas, um argumento é necessário para derrubar essa teoria: Fósseis de dinossauros. Mas, um criacionista de respeito tem sempre um contra-argumento. E para eles, Deus teria colocados os fósseis lá para ''testar nossa fé''. Nessa hora que eu mando ele parar de falar ladainha.

  E algumas pessoas, até religiosas, nos mandam não ouvir a religião, e escutar a voz de Deus em nosso coração. Nós, ateus, ouvimos muito isso. Mas, agora eu suponho: Se cada homem ouvir a voz de Deus em nosso coração, sendo os nossos corações (em sentido metafísico) diferentes, são em média 6 Bilhões de deuses. E aí, qual a chance do seu ser verdadeiro?

  Mas, essa história de religião não vem desde cedo. Até os povos mais antigos tinham sua religião e seus Deuses mas, hoje são tratados só como mitologia. E isso prova que a religião de um século é só um divertimento literário do próximo.

 Porém, e o cristianismo, como eu disse, a religião maior, mais recente, e mais influente? Esse já controlou o mundo! Eram épocas sombrias. Tudo estava relacionado com o ocultismo e forças sobrenaturais, assim como no feudalismo. Por exemplo: Sua vida econômica estava indo mal: Culpa daquela sua vizinha que jogou uma macumba! E, pena de quem descordasse da religião... Dava até fogueira, assim como na inquisição!

 Mas, deve-se sempre de esforçar para olhar o lado bom de absolutamente tudo! Até nas guerras, mesmo que poucos, como na religião. Por exemplo, a religião é de certa forma, a base de toda a ciência. Pois, logo, a ciência nasce do questionamento. E o questionamento sempre necessita de algo para ser questionado, e a essência da ciência, saiu, portanto, do questionamento supérfluo dos dogmas presentes na religião. E, portanto, hoje os dois estão vivendo em coexistência pacífica, pois, a continuidade não depende da essência, diferente do começo, a continuidade depende de como nobre o começo.



Por: Uriel Dias de Oliveira



domingo, 18 de setembro de 2011

A morte como a culpada.

  Projeto: Cada Semana um Tema. Morte.

E essa morte, quem é? O que é?

  Amigo, eu digo, a morte é a grande culpada de tudo! Vamos pensar um pouco se a não existisse. Pois, a morte da morte. Imagine se ela não tivesse beijado o mais nobres homens de toda a vida da Terra. Digo, pois, pessoas como Chê Guevara, Karl Marx, Nietzsche, Sócrates, Schopenhauer, Newton. Imagine se a grande racionalidade, de tamanho inigualável e de tanto uso para a humanidade ainda estivesse assombrando as mais novas gerações, promovendo avanços tão importantes quanto os que já promoveram...

  Agora, pois, imagine que ainda existissem as mais terríveis criaturas não humanas que já coexistiram com a humanidade! Hitler e seu antissemitismo, Stálin, a mancha de sangue no comunismo, e sua defesa do regime totalitarista que enviou tantos para a Sibéria, que é tão fria quanto o coração dos que cito aqui, temidos por suas ideias, adorados por acéfalos que não enxergam mais longe que seu próprio nariz.

  Dá para deduzir que a morte trouxe tanto desserviços como serviços para a, até agora curta, caminhada da humanidade. Pessoas cheias de virtudes e ideias ela já levou. E se os levou, foi, pois, eles mereceram! Não se pode matar milhões e esperar viver muito, um dia ela se apressa e te beija. Filho, ela um dia te beija, querendo ou não.

  Concordamos que não dá para viver sem ela. De outro modo, como viveríamos tão intensamente, sabe-se-ia que assim não viveríamos! Não digo, pois, que vivemos pela morte. Só digo que ela representa um bom motivo para vivê-la de modo feliz, incessante, uma, pois, razão para aproveitar a vida enquanto se vive!

  E qualquer um que se pronuncie com certeza sobre a morte: És um belo de um mentiroso! Ninguém pode afirmar algo sobre ela. Pois, mortos não afirmam ou se afirmam. Resta a nós, vivos, a bela de uma dúvida sobre a morte! Não adianta tentar enxergá-la como espiritual: Ela não se provou assim. Mas, é interessante a grande massa de pessoas que acreditam ver pessoas sendo ''possuídas'' por um espírito de um morto faz-de-conta.

  A morte, pois, é certa de inevitável. Mas, por isso devemos temê-la? Acredito que não. Não é impossível misturar um pouco de luz nessas cinzas? Mas, também não é tentando evitar o inevitável que o aproveita. Mas, me diz se com a morte chegando você vai ficar parado?


Por: Uriel Dias de Oliveira

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Para os professores do desinteresse.

  Dizemos que são boas as virtudes de um homem não pelos resultados que possam propiciar a ele, mas sim pelos resultados que podem ter para nós e para a sociedade; no elogio da virtude nunca se foi muito ''desinteressado'', nunca se foi muito altruísta!

  Ter-se-ia observado, se assim não fora, que as virtudes (Como a aplicação , a obediência, a castidade, a justiça, a piedade) são geralmente prejudiciais a seu possuidor, uma vez que são instintos que nele reinam com muita violência, muita avidez e que não querem de modo algum deixar-se contrabalançar razoavelmente pelos outros. Quando se possui uma virtude, uma verdadeira virtude, uma virtude completa (não uma pequena tendência para a sua posse), se é vítima dessa virtude! É exatamente por isso que o vizinho a louva!

  Louva-se o homem zeloso se bem que seu zelo lhe estrague a vista e seja obrigado a gastar obrigado a gastar espontaneidade e o frescor de seu espírito; elogia-se , lastima-se o jovem que se ''matou de trabalhar'' porque se pensa: ''Se o conjunto social de perder sua melhor unidade, trata-se de um pequeno sacrifício, apenas! É aborrecido que esse sacrifício seja necessário! Mas seria muito mais aborrecido que o indivíduo pensasse de outro modo e que emprestasse maior importância a se conservar e a se desenvolver que trabalhar para todos!'' Não se lastima esse rapaz por ele mesmo, portanto, mas porque sua morte obriga a sociedade a perder um instrumento submisso, sem contemplações consigo mesmo, resumindo, ''um'' homem honesto, como se costuma dizer.

  Talvez se possa inquirir se não teria sido preferível, no interesse da sociedade, que esse rapaz tivesse trabalhado com maior prudência e se tivesse conservado mais longamente; chega-se a concordar que assim tivesse sido, mas considera-se essa situação inferior à outra em que houve sacrifício e à opinião da besta social, do animal que deve se imolar revelou-se benefício mais alto e mais durável.

  Eis o que dica a contradição fundamental dessa tão pregada moral, em nossos dias: seus motivos são opostos a seu princípio! O argumento de que ela se quer servir para legitimar-se é recusado pelo seu critério de bem! Para não colidir com sua própria moral, o princípio ''deves renunciar e sacrificar a ti mesmo'' só poderia ser decretado por um ser que renunciasse. Aplicando-o ao seu proveito pessoal e pelo sacrifício exigido aos indivíduos talvez tivesse motivado sua própria queda. Mas, desde que o próximo (ou a sociedade) vos recomendam o altruísmo em virtude de sua utilidade, é o princípio oposto que aplicam, a saber: ''Deves procurar teu proveito pessoal mesmo à custa dos demais'', apregoam portanto com o mesmo fôlego, o ''tu deves'' e o ''tu não deves''.


Por: Uriel Dias de Oliveira

sábado, 10 de setembro de 2011

Desmembrando o amor.

 Projeto: Cada Semana um Tema. (Amor)


Considero que o ''Amor'' é um termo muito vago. Aliás, de quê amor estamos falando? Há tantos tipos: O amor fraterno, o amor simbiótico, o amor ao próximo, o amor à nação...

  Mas, é importante dizê-lo: O amor, de todas as formas, é essencialmente necessário para o dia-a-dia da convivência humana. E hoje em dia é perceptível até a olhos fechados que nossa convivência não anda nada bem - É só perceber o que acontece em volta. Quando olhamos para as ruas, vemos pessoas com medo de serem assaltadas, olhamos para o senado, só vemos quanta roubalheira e corrupção, é só olhar para as escolas, e vemos as maiores tragédias presentes hoje na sociedade, é só olhar as igrejas e vemos pessoas, supostamente escolhidas por Deus, pregando o ódio, a ganância, a morte. É só olhar para Silas Malafaia e outros pastores, padres, estupradores e não sei mais o que. Então, até para os mais fiéis é notável que o dia de amanhã, é só mais um dia nessa terra esquecida por Deus. Olhe, pois para o céu. É tanta poluição, tanto desamor pela geração futura, que terá de correr atrás dos desastres ambientais proporcionados pela atual geração inconsequente, com todas suas fábricas de armas e guerras nucleares.

  Sei o quão parece clichê pregar o amor ao próximo, que ultimamente nos parece tão demodé, nessa sociedade desvirtuada de sua humanidade -do amor. Eu sei, pois, o quanto isso já foi dito mas, não acredito que tenha sido dito o suficiente. Se olharmos criticamente sobre todo o mundo atual perceberemos que tudo passa. Pois é, passa. Guerras acabam, Crenças são derrubadas, Argumentos são questionados, Fatos se tornam insustentáveis. E o que nos resta? Só suas consequências: Fome, pobreza, miséria...Todos esses são desserviços colossais para com a humanidade! Se quisermos ter uma pequena chance de sobrevivência devemos resgatar todo o amor que já houve nessa vida. O amor é o mais forte dos sentimentos, deixa o ódio ''no chinelo'', ignora a ignorância, preserva a igualdade, elogia a loucura, evolui com a humanidade.

  Aliás, para não ficarmos muito confusos, o que deve ser entendido por amor? E aí que retornamos para suas vertentes; O amor ao próximo deve ser considerado o mais necessário de todo o tipo de amor. É o principal elemento que compõe uma sociedade humana. Nos move a fazer boas ações, nos implica a boas atitudes, nos convence o que é certo e nos dita o que é errado. E, digo novamente, é com esse amor que devemos compor a base de nossa sociedade.

  Entretanto, quando vemos a palavra amor não é esse que nos vem a mente. O que nos vem não passa de uma ilusão pois, surge de uma necessidade, e é um amor egoísta. De uma necessidade, sim, e diga-se de passagem, uma necessidade inconsciente: a do ser humano de manter os laços afetivos com seu congêneres. E é egoísta pois, é um desejo. E desejos prestam um grande desserviço para ambas as pessoas que se amam. Mas, apesar de tudo, não considero essa amor dispensável, todo amor, mesmo com princípios, motivos, razões, origens, objetivos errados só nos fazem ganhar. Mesmo quando são só duas pessoas que saem nesse ''ganho''. Que, provavelmente, se transformará em decepção tardiamente, caso não seja bem cuidado.

  Mas, afinal, qual é o grande culpado pelas tragédias ocorridas hoje em dia? ... Deus? Ódio? Ganância? Humanidade? Dinheiro? Recursos naturais se esgotando? Governos Corruptos?
Bom, se reparar bem dá para ver que os itens citados representam não as razões mas, os produtos de duas parcelas chamadas de desamor e ódio. O desamor é o amor esquecido, visto que o desamor não se manifesta de uma maneira ruim: Seu grande problema é que este é neutro, não pratica o bem, está em estado de inércia suprema. Quando ao ódio, esse recusa qualquer explicações: É o pios dos sentimentos, não é o amor esquecido, como o desamor, mas, é o contrário do amor, se manifesta das piores maneiras, utiliza das razões menos éticas e produz nada além do mal. E representa, assim, um grande câncer: E a humanidade deve se esforçar para retirá-lo, tornando o ser humano amável de novo.

  Digo de novo, pois ninguém nasce assim. Está mais que claro, quando se observa o comportamento das crianças, tratadas com desprezo pela sociedade que mais tarde integrarão. Perceptível a diferença entre crianças e adultos. Por que estas não tiveram um impactante contato com a sociedade, diferente desses, que tiveram. E é neste pequenos seres, de inteligência questionável, que devemos confiar nos espelhar. E todo desamor, ódio, ganância, crueldade, irracionalidade deve ser retirado da sociedade para que a humanidade não seja afetada, incluindo sempre as gerações futuras. E possível, pois, a crença num mundo melhor mas, deve-se sempre colocar o amor em primeiro lugar, e nunca deixar de lutar. Pois, o amor nega a desigualdade, nega a frieza, nega qualquer morte, e é, pois, o sentimento mais honrado, não atualmente presente no coração do ser-humano.



Por: Uriel Dias de Oliveira.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O suposto sentido da vida.

  Posso afirmar uma coisa: O sentido da vida muda de cabeça para cabeça. Cada um tem seu sentido, seu ponto de vista, coisa que é só sua. Não posso, aqui, falar por todos ou para todos, tento só explicar o meu sentido, a minha vida...

  Há quem diga que o sentido da vida é ser feliz enquanto se vive. Não posso provar isso errado mas, em que consiste um ''ser feliz'' ? Seria ter a maior quantidade de prazeres, e a menor de desprazeres? Haja tarefa mais árdua e difícil que essa: Os prazeres vem juntos com os desprazeres. E, como a felicidade, o conceito de prazer varia de cabeça para cabeça. Meu prazer está em ler um bom livro durante horas, já para outros, isto é para demais loucura, algo inimaginável. Alguns, sentem prazer pelo trabalho, outros pelo estudo. E para cada livro que leio, e gosto, há sempre algum acéfalo pregando palavras pró nazismo e pró ditaduras. Para mim, não há desprazer maior que ouvi-los! Mas, nada posso fazer, a liberdade de expressão é uma via de mão dupla. Já para os que trabalham, como o conseguiriam sem estudar? Já para os que estudam, precisam de um sustento. Concluo, portanto, que a felicidade não é completa: E nunca será! Ela acaba, varia, e esta só está certa se composta por alguns bons momentos, que nos prestam um bom sentido para se viver.

  Alguns afirmam que o sentido de estar feliz é a liberdade. Mas, como essa possui problemas! E seu grande defeito é que nós estamos dispostos a pagar qualquer coisa por ela... Sim, pagar! É isso que meu senso histórico mostra: Desde os tempos de escravos até nossos tempos de século XIX a liberdade sempre foi conseguida por meio de alguma moeda de troca; Seja o capital, ou as lutas... E a liberdade dispensa isso! A liberdade não quer seu esforço, não quer seu dinheiro. Ela vem para quem a quer por excelência.

  Olhe só o que estamos tentando fazer, dar sentido para algo tão irrelevante. Precisamos entender porquê estamos aqui: Entender como chegamos aqui. Compreender isto é essencial para dar sentido a nossa existência. Quer dizer, somos um acidente. Um dia qualquer uma supernova resolveu explodir, matando estrelas e astros aos montes: E. acrescentando alguns bilhares de anos de evolução, teremos o que nós somos. Entenderás, então, quem tu és! Nossa existência não depende de um sentido: É tão curta que explicar se torna difícil. É como qualquer mamífero, fazemos todos iguais, nascemos, crescemos, reproduzimos e morremos algo tão simples e que envolve algo tão complexo, tão inexplicável.

  Nós é que damos sentido para a vida! Aliás, o que seria ela sem nós? O mundo gira em torno de nós. Concordo que, sim, somos um acidente celestial mas, qual o sentido da nossa vida sem nós mesmos? Contamos também, que toda a humanidade está ligada, por meio de sua unidade. Todos nós compartilhamos de ideias, pensamento, prazeres, desprazeres... Nossa vida seria incompleta sem a presença do outro! Tente viver sozinho: Nossa alegria está composta por nossa espécie.

  E, o que pensar sobre a morte? Imaginem se agente nunca morresse: Seriamos tão vívidos e intenso quanto somos? A morte nos motiva a viver, faz nossa vida correr mas, será que isso é suficiente para dar sentido a ela? Se contarmos que sim, nós vivemos pois, iremos morrer... E, sabemos que isso não é verdade. Nós vivemos por que vivemos.

  O sentido da vida é, portanto, o objetivo de vivê-la. O historiado vive pois, precisa de estudar a história. O professor vive, pois precisa ensinar. O engenheiro vive, pois é necessário melhorar nosso meio de vivência. Então, porquê o filósofo vive? -Vivem para nos fazer pensar, questionar...E muitos desses não conseguem aplicar um valor a vida... Que chance eu tenho? Sei que os tempos mudaram mas, as dúvidas são as mesmas, só evoluíram: Estão adaptadas para a nossa realidade.

  Sobre o sentido da vida, é possível escrever um livro tão grande como a bíblia, e tão intenso quanto o Manifesto Comunista de Karl Marx. Mas, será que é possível concluir um sentido para ela? Tão sem-querer, tão sem motivo, tão sem objetivo...Árdua tarefa essa, a dos filósofos... É mais difícil, pois, que explicar o universo para um leigo. Precisa de determinação de ambos os lados, e de tempo também.

  Continuo afirmando que nós damos sentido com as nossas ações! Claro, este sentido está limitado para o Vosso mundo: Nossa pequena e inigualável Terra; Onde não há vida, não há sentido para a mesma! E é com esse pensamento, limitado em nossa vontade, que nos torna impossível determinar um sentido para a vida. Não precisamos, pois, de um sentido para a vida: Necessitamos de um motivo para viver!




Por: Uriel Dias de Oliveira.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A ''humanidade'' do futuro.

Como quero fazer uma universidade de filosofia, por que não começar a filosofar antes? Desculpe-me se o texto está de difícil interpretação mas, certamente qualquer um consegue fazer uma interpretação análoga a sua realidade.


  Sempre que eu olho com os olhos de época longínqua para a atual, nada posso encontrar de mais singular ao homem hodierno que sua virtude e moléstia particulares, que são chamadas de ''senso histórico''. Na história existe uma isca de alguma coisa nova e estranha: que se dê a essa semente alguns séculos e talvez dela cresça uma planta maravilhosa com um odor muito agradável, de tal modo que nossa terra será mais habitável que nunca. É que nós, nós homens modernos, começamos a formar a cadeia de um sentimento que o futuro mostrará como muito forte, elo por elo, mas temos conhecimento do que elaboramos. Não nos parece que se trata de um novo sentimento , mas somente da diminuição de todos os sentimentos antigos: o sentido histórico é ainda tão pobre e tão frio e há homens que se arrepiam e se tornam mais pobres e frios ainda. Para outros é índice de senilidade que advém e nosso planeta lhe parece um melancólico doente que, para esquecer o presente, se põe a escrever a história de sua juventude. Efetivamente, eia aí um dos ângulos desse novo sentimento: aquele que sabe considerar a história do homem em seu conjunto, como sua história, sente-se uma enorme generalização, toda aflição do doente que sonha com saúde, do velho que sonha os sonhos de sua juventude, do amante privado de seu objeto de amor, do mártir cujo ideal é destruído, do herói que teve uma batalha indecisa, da qual guarda feridas e o desgosto da morte de um amigo. Mas portar essa soma enorme de misérias de toda espécie , poder suportá-la e ser o herói que saúda no segundo dia da batalha, à vinda da aurora, à vinda da felicidade, como homem que tem à frente e atrás de si, um horizonte de mil anos, sendo o herdeiro de toda nobreza, de todo espírito do passado, herdeiro engajado, a mais nobre entre as mais velhas nobrezas e, ao mesmo tempo, o primeiro de uma nobreza nova, que nenhuma época viu ou sonhou igual: tomar tudo em sua alma, o mais novo e o mais velho, as perdas, as esperanças, as conquistas, as vitórias da humanidade e reunir tudo isso em uma única alma, reuni-lo num único sentimento - isto certamente deverá produzir uma felicidade que o homem não conheceu até agora - a felicidade de um deus, cheios de poder e amor, cheio de lágrimas e de sorrisos (tal que é questionada sua existência, não é provada, nem menos desprovada)  , uma felicidade que como o sol da tarde, não cessaria de dar sua riqueza inesgotável para lançá-la ao mar e que, como o sol, não se sentiria mais rico do que quando o mais pobre dos pescadores remar com um remo de ouro! Essa divina seria a humanidade! E essa sociedade seria a racionalista! Usando sempre da razão como o primeiro algorítimo para garantir, de maneira apropriada, a constante evolução da humanidade, e de todas as espécies.