quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Igualdade de gênero.



Feminismo ou movimento feminista é uma luta pela equidade entre os gêneros, uma vez que as mulheres sempre foram tidas como inferiores, ou submissas pela sociedade. Com certeza, até mesmo nos tempos mais longínquos, nem todas as mulheres aceitavam essa situação de inferioridade. Mas só nos últimos tempos esse movimento tem tomado força e garantido diversos direitos às mulheres, tanto no direito ao voto quanto paridade nos salários e cargos, entre outros.

Devemos entender as causas disso. Para isso, faremos uma breve linha do tempo. Lá na Idade Antiga, as mulheres espartanas tinham até mais valor que as atenienses, mas, mesmo assim, era um valor sempre ligado à reprodução (as mulheres espartanas eram as responsáveis por gerar guerreiros). Na Idade Média, com o domínio da Igreja, veio a história da submissão da mulher. Vê-se pela formação da palavra feminina, que, em sua raiz, significa “Fé mínima”, pois nos tempos medievais as mulheres eram consideradas pessoas de fé menor, em uma sociedade extremamente religiosa. Então, a religião européia veio, séculos depois, para o Brasil, que adquiriu os mesmos costumes, recebendo os vômitos da cultura européia, incluindo as idéias com relação à mulher, como apenas alguém que cuidasse da casa, da educação dos filhos, enquanto o homem mandava em todas as questões políticas, sociais e econômicas.

O próprio Machado de Assis denunciava essa situação, demonstrando o quanto a mulher burguesa era alienada à situação real do país, preocupada apenas com suas atividades culturais num contexto de diversos movimentos sociais em relação aos escravos e outras questões. No trecho de “Dom Casmurro” ele satiriza a ‘importância’ das atividades da mulher: “A leitora, que é minha amiga e abriu este livro com o fim de descansar da cavatina de ontem para a valsa de hoje, quer fechá-lo às pressas, ao ver que beiramos um abismo.”

Não podemos esquecer que, ao falar de feminismo, uma das primeiras mulheres que lembramos é de Joana D’Arc. Após a Revolução Francesa (1789), reavivaram as lembranças dessa camponesa que lutou na guerra dos 100 anos, no século XIV.

A questão aqui é que, mesmo após tantos direitos, há aqueles que, com a mente retrógrada feudalista (lembrando que uso aqui o termo feudalismo me referindo à Idade Média, apesar de que feudalismo é modo de produção, e não um período determinado), criticam as feministas, acham que o fato de a mulher querer lutar pelos seus direitos é frescura ou algo parecido. É lamentável que uma mudança plena de mentalidade não ocorra em toda sociedade.



Por: @euadadepressao

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