Desde o surgimento da sociologia, por volta do século XIX, em um contexto de Revolução Industrial, o homem voltou seu olhar para a análise dos avanços dos meios de produção e sua relação com a sociedade. Augusto Comte, através da ótica positivista, trabalhou com o tema “Ordem e Progresso” (que, aliás, encontra-se na bandeira brasileira), avaliando que a manutenção da ordem é essencial para o progresso, e este é fundamental para o desenvolvimento da sociedade, em constante evolução, encontrando antagonistas, como Marx (nosso grande, eterno e admirável Marx) que discute as controvérsias encontradas na sociedade, a respeito do progresso.
Marx disse que a sociedade vive em constante luta de classes (é até meio clichê dizer isso, mas tem gente que ainda não sabe né), havendo uma relação de explorador e explorado, sempre um levando vantagem sobre o outro, e o dito “progresso” se dá através disso. Apenas a elite usufrui esses avanços na área de produção, enquanto as classes inferiores eram (e até hoje são) exploradas, e o proletariado, dia após dia, trabalha sabendo que pode ser substituído pelo grupo, chamado por nosso amado Karl) de “reserva”, ou desempregados.
Além disso, como conseqüência desse progresso, surge a Indústria Cultural de Massa (analisada por Adorno e outros estudiosos) com a criação dos produtos obsoletos, ou seja, de curta duração, a fim de incentivar cada vez mais a dinâmica do comércio, ditando regras e hábitos considerados “na moda” , a fim de que os consumidores se sintam no dever de comprar produtos relacionados a isso, sem haver a reflexão de que, para essa produção em massa, há conseqüências ambientais, como a destruição de ecossistemas, alterando a harmonia na natureza, por exemplo.
Portanto, o progresso, que é indispensável à vida humana, segundo os positivistas, acaba gerando diversas conseqüências naturais e sociais de cunho negativo, causando esses paradoxos ao se analisar isso.
Por: @euadadepressao
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