terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Bienal de 2011 e as reações.

  Hoje fui à Bienal dos livros, que está aberta desde o primeiro dia de setembro, e estará aberta até o dia 11 do mesmo mês. São em média 2 milhões de livros distribuídos entre os vários pavilhões. Os livros até que possuem preços acessíveis: Exceto por alguns, como de Richard Dawkins e de outro autores que são bem caros. E a única coisa que se oide dizer ''em conta'' são os livros. Pois, o preço de qualquer outro produto lá dentro é duas ou três vezes maior do que qualquer outro produto fora da Bienal. Dispenso exemplos. Acredito que os livro só possuem um preço mediano devido a grande concorrência entre os estandes e editoras, caso contrário, seriam de mesma proporção.

  E lá estamos nós: Eu, Rodrigues e Alves (ambos contribuem com o blog, também) procurando por livros. Me chamou atenção o estande do ''Senado Federal e Câmara de Deputados ''. Entrei lá procurando por qualquer coisa que me agrade, já que acredito muito na luta por meios políticos, sendo assim, pacíficos. Não foi tanta sorte encontrar o que eu encontrei, sorte foi o vendedor me deixar sair de lá com eles.
Logo que apareci com os títulos: ''Introdução à Ciência Política'' e ''Introdução à Filosofia Política'' percebi por seu semblante que uma pessoa de 14 anos anos comprar tais livros não era nada normal. Logo começaram as perguntas: ''São para você?'' -Sim, respondi de modo tímido. ''Quantos anos você têm?'' -14, com o mesmo tom tímido. Enfim, um sorriso de aprovação e também, disse alguma coisa, que o barulho no local me impossibilitou de discernir.

  Passamos, também (nesse momento somente eu e Alves) no estande da editora Saraiva, na qual logo no começo alguns livros me chamaram a atenção. Eram roxos, de nomes conhecidos na área da filosofia. Acabei levando o Discurso do Método de René Descartes e Apologia de Sócrates de Platão. Ambos com o texto integral. Quando apareci com os dois, logo vi o sorriso de aprovação do meu professor de Geografia. Justificou que não conhecia meu gosto por estes livros, e pediu para que eu comente esses e estes livros com ele após minha leitura. O que não acontecerá tão cedo: Ainda planejo terminar de ler a coleção Plenos Pecados, fazer a leitura de alguns textos de Nietzsche e ler O Veredicto de Kafka.

  Então, fora Franz e Friedrich, também estão dentre meus autores preferidos Richard Dawkins e Karl Marx. Triste era o preço de seus livros! Um livro de Dawkins sobre a Evolução, confesso que não era muito pequeno, aproximei para 1000 páginas, estava em torno de 70 reais, e Deus, uma ilusão também estava dentro da mesma média. Para Marx, eu já li grande parte de suas obras, só me falta a que é considerada mais difícil de ler: O Capital. Percorri toda a Bienal buscando por ele. Achei somente em um Estande. Sobre o preço, um livro que não era muito grande, e a única coisa boa do livro era seu autor, dando irrelevância a um conteúdo muito relevante, e custava lá por seus 43 reais. Preferi deixar Marx para depois e acabei levando Sobre a Guerra de Clausewitz.

  Mesmo com a alegria que são os livros, é difícil não ver coisas tristes em um evento de grande proporção atrativa como a Bienal do livro. E dentre tais coisas tristes posso citar a grande quantidade de pessoas no exterior do evento que estavam sentadas a grama. Me sinto triste por não conhecerem o valor dos 2 milhões de livros que estavam lá dentro. A maioria eram jovens. E agora eu entendo o espanto do primeiro vendedor que citei ao me ver comprar aqueles livro, a grande maioria dos jovens não se interessa por leitura: Essa verdade lhe justifica a reação. Isso é devido ao governo de Lula, e pré-determinantemente, de FHC não apoiarem a leitura nas escolas. Se fazem, não é o suficiente. Nem eu sei por que gosto tanto de livros. Como Franz Kafka diria: É como uma ordem do inferno: Odeio tudo que não é literatura. Até as conversações sobre literatura me são chatas.


Pós-Escrito: Só agradeço por não encontrar nenhum manifestação da mídia lá!


Por: Uriel Dias de Oliveira.

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