sábado, 10 de setembro de 2011

Desmembrando o amor.

 Projeto: Cada Semana um Tema. (Amor)


Considero que o ''Amor'' é um termo muito vago. Aliás, de quê amor estamos falando? Há tantos tipos: O amor fraterno, o amor simbiótico, o amor ao próximo, o amor à nação...

  Mas, é importante dizê-lo: O amor, de todas as formas, é essencialmente necessário para o dia-a-dia da convivência humana. E hoje em dia é perceptível até a olhos fechados que nossa convivência não anda nada bem - É só perceber o que acontece em volta. Quando olhamos para as ruas, vemos pessoas com medo de serem assaltadas, olhamos para o senado, só vemos quanta roubalheira e corrupção, é só olhar para as escolas, e vemos as maiores tragédias presentes hoje na sociedade, é só olhar as igrejas e vemos pessoas, supostamente escolhidas por Deus, pregando o ódio, a ganância, a morte. É só olhar para Silas Malafaia e outros pastores, padres, estupradores e não sei mais o que. Então, até para os mais fiéis é notável que o dia de amanhã, é só mais um dia nessa terra esquecida por Deus. Olhe, pois para o céu. É tanta poluição, tanto desamor pela geração futura, que terá de correr atrás dos desastres ambientais proporcionados pela atual geração inconsequente, com todas suas fábricas de armas e guerras nucleares.

  Sei o quão parece clichê pregar o amor ao próximo, que ultimamente nos parece tão demodé, nessa sociedade desvirtuada de sua humanidade -do amor. Eu sei, pois, o quanto isso já foi dito mas, não acredito que tenha sido dito o suficiente. Se olharmos criticamente sobre todo o mundo atual perceberemos que tudo passa. Pois é, passa. Guerras acabam, Crenças são derrubadas, Argumentos são questionados, Fatos se tornam insustentáveis. E o que nos resta? Só suas consequências: Fome, pobreza, miséria...Todos esses são desserviços colossais para com a humanidade! Se quisermos ter uma pequena chance de sobrevivência devemos resgatar todo o amor que já houve nessa vida. O amor é o mais forte dos sentimentos, deixa o ódio ''no chinelo'', ignora a ignorância, preserva a igualdade, elogia a loucura, evolui com a humanidade.

  Aliás, para não ficarmos muito confusos, o que deve ser entendido por amor? E aí que retornamos para suas vertentes; O amor ao próximo deve ser considerado o mais necessário de todo o tipo de amor. É o principal elemento que compõe uma sociedade humana. Nos move a fazer boas ações, nos implica a boas atitudes, nos convence o que é certo e nos dita o que é errado. E, digo novamente, é com esse amor que devemos compor a base de nossa sociedade.

  Entretanto, quando vemos a palavra amor não é esse que nos vem a mente. O que nos vem não passa de uma ilusão pois, surge de uma necessidade, e é um amor egoísta. De uma necessidade, sim, e diga-se de passagem, uma necessidade inconsciente: a do ser humano de manter os laços afetivos com seu congêneres. E é egoísta pois, é um desejo. E desejos prestam um grande desserviço para ambas as pessoas que se amam. Mas, apesar de tudo, não considero essa amor dispensável, todo amor, mesmo com princípios, motivos, razões, origens, objetivos errados só nos fazem ganhar. Mesmo quando são só duas pessoas que saem nesse ''ganho''. Que, provavelmente, se transformará em decepção tardiamente, caso não seja bem cuidado.

  Mas, afinal, qual é o grande culpado pelas tragédias ocorridas hoje em dia? ... Deus? Ódio? Ganância? Humanidade? Dinheiro? Recursos naturais se esgotando? Governos Corruptos?
Bom, se reparar bem dá para ver que os itens citados representam não as razões mas, os produtos de duas parcelas chamadas de desamor e ódio. O desamor é o amor esquecido, visto que o desamor não se manifesta de uma maneira ruim: Seu grande problema é que este é neutro, não pratica o bem, está em estado de inércia suprema. Quando ao ódio, esse recusa qualquer explicações: É o pios dos sentimentos, não é o amor esquecido, como o desamor, mas, é o contrário do amor, se manifesta das piores maneiras, utiliza das razões menos éticas e produz nada além do mal. E representa, assim, um grande câncer: E a humanidade deve se esforçar para retirá-lo, tornando o ser humano amável de novo.

  Digo de novo, pois ninguém nasce assim. Está mais que claro, quando se observa o comportamento das crianças, tratadas com desprezo pela sociedade que mais tarde integrarão. Perceptível a diferença entre crianças e adultos. Por que estas não tiveram um impactante contato com a sociedade, diferente desses, que tiveram. E é neste pequenos seres, de inteligência questionável, que devemos confiar nos espelhar. E todo desamor, ódio, ganância, crueldade, irracionalidade deve ser retirado da sociedade para que a humanidade não seja afetada, incluindo sempre as gerações futuras. E possível, pois, a crença num mundo melhor mas, deve-se sempre colocar o amor em primeiro lugar, e nunca deixar de lutar. Pois, o amor nega a desigualdade, nega a frieza, nega qualquer morte, e é, pois, o sentimento mais honrado, não atualmente presente no coração do ser-humano.



Por: Uriel Dias de Oliveira.

3 comentários:

  1. Rapaz, você escreveu uma verdadeira ode ao amor, caramba, se muitos pensassem como você, acho que teríamos um mundo melhor, talvez. Realmente, há muito desamor e pouco amor espalhado pelo mundo, e o mundo, como disse, está mudando, colocando tudo em questionamento. Bem relatado tua visão de amor, parabéns.

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  2. O Fabrício está certo. O seu texto não parece ter saído de alguém com 14 anos. E olha que tenho quase 30. Meus parabéns, rapaz! Principalmente ao diferenciar o desamor do ódio.

    Abraços!

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  3. Olá, com licença, entrei para conhecer o espaço e parabenizo a iniciativa.
    Se me permite, você me fez perceber que o amor é um termo amplo e em nada vago, pois em todas as vertentes do amor que você me provocou a visitar, ele, o amor, teve seu significado traduzido de forma genuína, pura, e quase mansa.
    Parabéns!!
    Continue escrevendo e lendo e escrevendo e...
    Que o Amor seja o motor de sua vida.

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