terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Monopolização dos ''meios de produção''.

  Como dito antes, a produção de mercadorias para o comércio caracteriza o capitalismo. Mas, não um caráter suficiente para definir o capitalismo. Necessitam-se de outras características. Porque é totalmente possível uma produção de mercadorias não ser capitalista. Por exemplo, a produção feita por pequenos artesãos, como encontrados nas ruas das grandes cidades. Eles produzem para o mercado, e são, por consequência, mercadorias, e sua produção é uma produção de mercadorias.

  Porém, no caso dos artesãos quanto em tantos outros casos, trata-se de uma produção comum, e não de uma produção capitalista. Para que a produção dos artesãos sejam uma produção capitalista, é preciso que, de um lado, os meios de produção se convertam em uma propriedade. Uma propriedade de uma classe pouco numerosa de pessoas conhecidas como ''burgueses''. E, que pelo outro lado, os artesãos se tornem operários que trabalham na fábricas desses burgueses.

  Deduzimos, então, que a monopolização dos meios de produção, e a própria produção capitalista trazem a ruína da maioria (como no exemplo dos operários) e o sucesso da minoria (os burgueses). Essa é a base de toda economia capitalista. E tem um efeito que deve ser considerado o mais importante: Enquanto os ricos enriquecem, os pobres acabam ficando mais pobres. Portanto, é impossível viver em uma igualdade enquanto o capitalismo existir. E o capitalismo não acabará enquanto houver a propriedade privada e o lucro dos burgueses.

  E, nesse ponto, concordamos com Proudhon. ''A propriedade privada é um roubo''. Porque, enquanto está na mão de uma pequena porcentagem de pessoas ricas, é de impossível acesso para as camadas mais baixas. E, por isso, é necessário a abolição da propriedade privada. Sendo de igual necessidade a abolição do meio de produção capitalista.

  Portanto, a monopolização dos meios de produção, que pertencem aos burgueses, é a segunda característica do capitalismo.

Por: Uriel Dias de Oliveira 

Um comentário:

  1. Pois é. Apesar do desenvolvimento e das crises do capitalismo, ele permanece com as mesmas contradições de antes.

    Contraditório, o capitalismo não casa com igualdade e justiça. Por isso temos que supera-lo.Talvez, não nega-lo, pois é um modo de organização econômica com certos avanços...Supera-lo portanto!

    A questão dos meios de produção, é um coisa que tenho criticado muito na esquerda reformista.Atualmente a esquerda fala em distrubuição de renda, mas é o dos meios de produção?
    A chave do negócio não é a renda e sim o meio que a produz!

    ABS!

    @aloisiofcs

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